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Portal científico do Observatório Nacional deve começar a funcionar em até três anos


Agência Brasil

Alana Gandra

25.05.2008


Rio de Janeiro - O Observatório Nacional (ON), instituto de pesquisas do Ministério da Ciência e Tecnologia, já começou a montar um centro de processamento e armazenamento de grande volume de dados, em parceria com o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC).

A informação é do astrofísico do Observatório Luiz Nicolaci da Costa, idealizador e coordenador de um encontro que reunirá, entre os dias 27 e 29 deste mês, no Rio de Janeiro, 15 dos mais renomados cientistas do mundo para debater o futuro da astronomia.

“Qualquer desses levantamentos modernos vai gerar de dois a cinco terabytes de dados. A partir de 2015, esse número vai crescer exponencialmente. Então, nós temos que estar preparados para essa nova realidade”, estimou. Um terabyte de dados equivaleria ao conteúdo de texto de um milhão de livros. Cada terabyte equivale a 1.000 gigabytes.

O ON está desenvolvendo softwares que poderão processar esses dados, facilitando seu acesso e análise pelos usuários de forma eficaz.

A meta é que o portal científico esteja pronto para começar a funcionar a partir de 2010 ou 2011.  “É uma forma de fazer ciência competitiva sem custo de construir, por exemplo, um grande telescópio. O que você investe, na verdade, é na infra-estrutura de ciência. Investe em computadores, no armazenamento de dados, no portal, como nós estamos fazendo”. Com isso, outras pessoas podem re-utilizar esse programa de forma fácil e transparente, disse o pesquisador.

A parte do software do portal está sendo desenvolvida pelo ON em colaboração com o Centro Nacional para Aplicações em Supercomputação (NCSA, do inglês National Center for Supercomputing Applications), dos Estados Unidos. Na parte de infra-estrutura de hardware (computador), a cooperação é entre o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) e a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP).

Nicolaci da Costa acredita que a astronomia pode dar uma contribuição efetiva para o desenvolvimento do país e a formação de pessoal em várias áreas, como engenharia eletrônica  e produção de softwares. “A astronomia  lida realmente com tecnologia de ponta e, apesar de não sermos uma área diretamente estratégica, nós podemos ser parceiros importantes na formação de pessoal, no desenvolvimento e na transferência de tecnologia”, ressaltou.

fonte: http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/05/19/materia.2008-05-19.6325828624/view

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