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Campina Grande (PB) ganha rede óptica para instituições de ensino e pesquisa


Site MCT

22.06.2009


Começa a funcionar na próxima sexta-feira (26) a Rede Metropolitana de Campina Grande (PB), a Metro-CG. Trata-se de uma infraestrutura óptica, capaz de operar em velocidade de 1 Gbps, que conecta os principais centros de ensino e pesquisa da cidade, permitindo a troca de grandes volumes de informação.

A cerimônia se realiza às 10h, na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). A Metro-CG é parte da iniciativa Redes Comunitárias de Educação e Pesquisa (Redecomep), um projeto do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) coordenado pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP/MCT). A RNP é responsável pela operação da rede acadêmica brasileira, a rede Ipê, que hoje conecta cerca de 600 instituições de ensino em todo o País.

O objetivo do projeto Redecomep é interligar as principais Instituições de Ensino Superior (IES) e Centros de Pesquisa em 27 cidades, facilitando a troca de dados, o desenvolvimento de projetos colaborativos e o uso de aplicações avançadas.

Todas as redes metropolitanas em operação são interligadas à rede Ipê, possibilitando desta forma, que as instituições integrantes compartilhem a produção acadêmica e desenvolvam projetos de educação à distância tanto com instituições brasileiras como internacionais.

A infraestrutura executada tem aproximadamente 40 quilômetros e conecta sete instituições: Fundação Parque Tecnológico da Paraíba (Paqtc-PB); Universidade Estadual da Paraíba (UEPB); Universidade Federal de Campina Grande (UFCG); Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Eembrapa); Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq); Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFS) e o Instituto Nacional Semiárido Celso Furtado (Insa/MCT).

Os investimentos já utilizados na construção são da ordem de R$ 700 mil. Outras instituições, a exemplo da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep), Prefeitura de Campina Grande (PMCG), Escola Técnica Redentorista (Eter), Fundação Assistencial da Paraíba (FAP) e o Serviço de Apoio às Pequenas e Micro Empresas em Campina Grande (Sebrae-CG) estarão se interligando em breve, ampliando o número de usuários da Metro-CG.

O projeto é coordenado pela RNP, no entanto, a iniciativa propõe a sustentabilidade das redes por meio da formação de consórcios entre as instituições conectadas, que após a inauguração, tornam-se responsáveis pela manutenção da infraestrutura. Cada rede tem autonomia para definir seu modelo de gestão.

Hoje, dez redes metropolitanas estão em operação: Belém, Vitória, Manaus, Florianópolis, Brasília, Natal, São Paulo, Fortaleza, Macapá e Goiânia. A expectativa é de que as 27 redes estejam em operação em 2010.

Benefícios

Os benefícios já observados nas dez cidades que já estão com as suas redes metropolitanas em operação são imensos. De um modo geral, as conexões existentes eram de baixa capacidade (entre 64 kbps e 2 Mbps), impossibilitando a utilização de aplicações mais modernas de comunicação. Com a chegada da rede metropolitana, houve uma redução significativa no custeio da interconexão – em média o custo do acesso a velocidades da ordem de 1 Mbps caiu de R$ 2000 para R$ 4.

Campina Grande inicia a operação de sua rede metropolitana com a previsão de aproveitar o aumento significativo de sua capacidade de tráfego de dados para gerar, por meio da colaboração de projetos interinstitucionais, novas ações de grande impacto em inclusão digital, educação à distância e saúde.

A Redecomep tem apresentado uma série de vantagens para as universidades e centros de pesquisa nas cidades onde as redes metropolitanas já estão em operação. Na região Nordeste, a Rede Metropolitana de Fortaleza, a GigaFor, é um exemplo de como a Redecomep alavanca projetos colaborativos, como o Rádio-Observatório Espacial do Nordeste (Roen).

O Roen utiliza antenas e telescópios sofisticados para recolher dados sobre as posições absolutas da superfície da Terra. Estes dados são úteis para a determinação de parâmetros para a localização terrestre via satélite.

O projeto está em curso desde 1993 e tem a participação várias instituições nacionais, entre elas o Instituto Nacional de Pesquisa Especial (Inpe/MCT) e a Universidade Estadual do Ceará (UEC), ambos conectados à GigaFor. No âmbito internacional, há cooperação com o Massachusetts Institute of Technology (MIT) e a National Aeronautics and Space Administration (Nasa).

Os telescópios geram arquivos da ordem de terabyts, que antes da GigaFor eram armazenados em discos rígidos e circulavam entre as instituições via serviços de entrega. O início das operações da rede a 1Gbps tornou possível o tráfego de informações de grande volume e a realização de armazenamento e processamento de dados de forma distribuída entre as instituições. Hoje, é estudada a instalação de um link entre a GigaFor e a rede acadêmica dos Estados Unidos, a Internet 2, para agilizar a troca de dados em nível internacional.

Sobre a RNP

Responsável pela introdução da Internet no Brasil, em 1992, a RNP opera a rede acadêmica nacional, a rede Ipê. Sua missão é promover o uso inovador de redes avançadas no País. Mantida pelos ministérios da Ciência e Tecnologia e da Educação, atua no desenvolvimento e na prestação de serviços em três áreas: infraestrutura de redes de alto desempenho, aplicações avançadas e formação de recursos humanos em redes.

A rede Ipê é uma infraestrutura de alto desempenho para colaboração e comunicação em educação e pesquisa que alcança os 26 estados da federação e o Distrito Federal, interligando cerca de 600 instituições de ensino superior e de pesquisa e beneficiando mais de um milhão de usuários. A RNP está conectada às redes acadêmicas latino-americanas (Rede Clara), europeia (Géant) e norte-americana (Internet2), além de ter conexão própria à Internet mundial.

fonte: http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/306345.html

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