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Rede de alta velocidade vai ligar os campi

UnB vai instalar cabos de fibra óptica nos dutos do metrô para agilizar a troca de informações entre os quatro campi


UnB Agência

18.03.2010


O metrô do Distrito Federal aceitou a proposta da Universidade de Brasília (UnB) de passar cabos de fibra óptica pelos dutos dos trens, sem cobrança de aluguel. O objetivo do projeto é interligar o campus Darcy Ribeiro com os campi de Planaltina, Ceilândia e Gama por meio de uma rede de internet e telefonia de alta velocidade. Em troca da isenção do aluguel, a UnB vai ceder ao metrô cabos para uso próprio, além de toda a manutenção do sistema. O projeto beneficiará outros órgãos do governo do Distrito Federal (GDF), que também deverão fazer uso da rede.

Os detalhes técnicos da instalação e o número de cabos cedidos pela universidade serão definidos em reunião nesta sexta-feira, 19 de março, entre o metrô e o Decanato de Administração. “O acordo está praticamente fechado, só falta definir a quantidade de cabos que a UnB cederá ao GDF e em que condições isso ocorrerá”, afirmou o engenheiro do metrô, Luis Antônio Nunes, que participou da reunião que definiu o acerto.

O projeto da UnB de usar as canaletas do metrô para passagem de cabos de fibra óptica está em discussão com o GDF desde 2008. Tanto a universidade quanto o governo têm interesse na utilização dos cabos para a transmissão de informações em alta velocidade. O impasse, no entanto, era a cobrança de aluguel pelo uso das canaletas do metrô, estimado em R$ 620 mil por ano. “Todo o projeto ficará a cargo da UnB, mas o custo do aluguel era inviável para a universidade. Ao mesmo tempo, os benefícios vão além da interligação dos campi. Inclui a ampliação da rede de pesquisa do DF e interligação de órgãos do próprio GDF. Há interesse público no projeto”, afirmou o decano de Administração, Pedro Murrieta.

O projeto prevê a passagem de 130 quilômetros de cabos. Os recursos para a instalação, estimados em R$ 8 milhões, estão sendo negociados junto à Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia e à Secretaria de Ensino Superior do Ministério da Educação (Sesu/MEC). “A negociação dos recursos está bem adiantada e pode cobrir praticamente 100% do projeto”, acrescentou Murrieta.

ENERGIA - Entre os órgãos do GDF beneficiados pela utilização dos cabos, estão a Companhia Energética de Brasília (CEB) e a Secretaria de Segurança Pública. Ao ligar o Plano Piloto com cidades mais distantes do Distrito Federal, a passagem de fibra óptica pode permitir à CEB monitorar pelo menos 10 de suas subestações que, hoje, não dispõem de linhas de dados e, portanto, só são acessadas por telefone e rádio.

“Outro grande filão do projeto é a possibilidade de eliminar a leitura manual do consumo de energia, representada atualmente por 60% dos nossos clientes”, explica o diretor de comercialização da CEB, Carlos Leal. Para a Secretaria de Segurança Pública, um dos benefícios é a possibilidade de haver vigilância eletrônica em vias públicas.

O projeto amplia também a Rede Comunitária de Educação e Pesquisa do DF (RedeComep-DF), atualmente com 19 instituições consorciadas, do DF e do governo federal. A rede foi implantada por iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Os cabos de fibra óptica permitem a troca de informações entre os campi com uma velocidade de um bilhão de bytes por segundo (1 GBPs). Atualmente, a transmissão de dados entre o campus Darcy Ribeiro e os campi fora do Plano Piloto é feita por ondas de rádio. Nos casos das faculdades do Gama e de Ceilândia, a velocidade é de 5 milhões de bytes por segundo (5 MBPs) e de Planaltina de 15 milhões de bytes por segundo (15MBPs).

fonte: http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=3058

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