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Diretoria de Comunicação UFJF


“Paciente morre por falta de médico especialista. Vítima de erro médico morre.” Essas são manchetes que correm constantemente por jornais do país. No entanto, com o uso de tecnologia de ponta e intercâmbio de informações, a comunidade médica quer extinguir do Brasil fatalidades como essas. Em um passo em prol desse objetivo, o Hospital Universitário (HU) da UFJF tornou-se oficialmente, nesta quarta, 20, um dos 48 hospitais universitários brasileiros que contam com Núcleo de Telemedicina.

O HU vai dispor de uma sala de videoconferência que permitirá a troca de informações entre os vários hospitais e faculdades em tempo real. A interação entre os hospitais e faculdades de medicina espalhados em todo o Brasil cria uma situação onde serão possíveis pesquisas colaborativas com a participação dos alunos e residentes.

A proposta do governo é de que até o final do ano existam salas de videoconferência em todos os hospitais universitários do país.

Medicina sem paredes

O projeto chamado Rede Nacional Universitária de Telemedicina (Rute) é uma iniciativa do Ministério de Ciência e Tecnologia que visa estabelecer uma rede de comunicação através de webconferências e videoconferências. Assim, o sistema é capaz de suprir carências de especialidades médicas em cidades menores e, ao mesmo tempo, contribui para a melhor formação dos profissionais da área.

A ação está integrada a outras iniciativas, como o Programa Nacional de Telessaúde Brasil, do Ministério da Saúde, em execução há cinco anos. O coordenador nacional da Rute, Luiz Ari Messina, explica os objetivos do plano conjunto dos dois Ministérios:

“Depois da experiência com o programa Nacional de Telessaúde Brasil, o Ministério da Saúde vai universalizar a telessaúde para todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) no país. Isso vai dar um poder muito maior de assistência à população, fazendo com que nas UBS onde não é possível ter um diagnóstico por especialistas, você tenha especialistas à distância dando esse diagnóstico.”

Com toda a integração dos hospitais e UBS, a formação dos universitários e dos profissionais, segundo Messina, vai melhorar. “Isso vai permitir homogeneizar um pouco mais os domínios de cada instituição. Uma instituição poderá prestar serviços em pesquisas para outras instituições que ainda não tem o mesmo domínio na área”, afirma Messina.

A diretora de Ensino e Pesquisa do Hospital Universitário, Angela Gollner, aposta na telemedicina como meio de atualização dos profissionais. “Na realidade o que se espera com a utilização dessa tecnologia é dar condições aos médicos que se deslocam para o interior de terem acesso aos avanços da medicina”. Ela acredita que o núcleo também vai ser útil para outras áreas da saúde. “Outras profissões [além de medicina] relacionadas à saúde podem utilizar esse recurso, como, por exemplo, a enfermagem, fisioterapia, educação física, odontologia e farmácia, levando os avanços aos colegas que estão localizados em cidades que não tem esse mesmo recurso.”

Não pensa diferente o professor Fábio Heleno de Lima Pace, um dos coordenadores do Núcleo de Telemedicina e Telessaúde do Hospital (NTT-HU) que acredita no poder de assistência do projeto à comunidade. “Os objetivos principais que nós vemos são sessões de educação médica continuada, via programação nacional da Rute, a intercomunicação com outros hospitais universitários e dentro do projeto da formação médica, que agora será possível com essa unidade, dar assistência a saúde dos municípios vizinhos.”

Cerimônia

Em discurso, Zanini definiu o projeto como um “sonho que se fez realidade” a partir de um empreendimento ambicioso iniciado em 2007. “Depois de quatro anos de trabalho e dificuldades iniciais, estamos dando um presente para a comunidade e para a UFJF”. Enquanto acontecia o discurso, podia-se ver na tela ao fundo membros de outros núcleos de telemedicina que participavam por videoconferência da inauguração. Eram da UFMG, de Belo Horizonte, Unifesp, de São Paulo, Unirio, do Rio de Janeiro e um operador técnico do Espírito Santo.

Na segunda parte da solenidade, Luiz Ari Messina fez uma demonstração técnica do procedimento, conversando com os quatro participantes virtuais que elogiaram a UFJF e o HU pela nova aquisição.

“Todos ganham com isso. A comunidade acadêmica, pois isso não é simplesmente uma tecnologia, mas uma metodologia de ensino. A comunidade, porque nós vamos ter melhores técnicas na área de telemedicina. Com isso, a universidade consegue dar o retorno de todos os investimentos públicos que estão sendo empregados nela”, argumenta Zanini.

Além de Alexandre Zanini, que representou o reitor Henrique Duque, estavam presentes o diretor geral do HU, Dimas Augusto Carvalho de Araújo; coordenador do Núcleo, Fábio Heleno Pace; a diretora de Ensino e Pesquisa do HU, Angela Gollner; o coordenador nacional da Rute, Luiz Ari Messina; secretário de Saúde da Prefeitura de Juiz de Fora, Cláudio Reiff; e o gerente regional de Saúde, Cláudio Reis.

Após a solenidade, todos os convidados puderam conhecer a Sala de Telemedicina do HU, composta de equipamentos de última geração, adquiridos através do investimento de R$ 150 mil feito pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa. Novos investimentos ainda estão sendo feitos no local para uma melhor adequação da estrutura física do NTT-HU com recursos de R$ 50 mil da própria instituição.

fonte: http://www.ufjf.br/dircom/?p=41657

[RNP, 20.04.2011]

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