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Mercadante espera apoio de empresas para financiar 25 mil bolsas no exterior


Portal Imirante

17.08.2011


O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, disse ontem esperar que o setor privado financie 25 mil bolsas de estudo para brasileiros em instituições no exterior, que vão se somar às 75 mil bolsas a serem concedidas pelo governo por meio do Programa Ciência Sem Fronteiras. Mercadante afirmou que o setor privado ainda investe pouco em pesquisa e desenvolvimento. Ele lembrou que o Brasil ocupa a 47ª posição no ranking global de inovação e o 11º lugar em gasto público e privado em pesquisa e desenvolvimento.

As declarações foram dadas no seminário sobre a extensão tecnológica no País, promovido pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; pelo Conselho de Altos Estudos; e pela Comissão Especial do Plano Nacional de Educação (PNE – PL 8035/10). No evento, o ministro destacou que hoje serão disponibilizadas as primeiras 2 mil bolsas de estudos e que já foram mapeadas as 50 melhores universidades do mundo.

De acordo com Mercadante, a prioridade do programa será a concessão de bolsas nas áreas de ciências básicas (química, física, matemática e biologia), ciências médicas, todas as engenharias e todas as áreas tecnológicas. “Há um deficit de graduados nessas áreas”, destacou. Das 75 mil bolsas, 27 mil serão para graduação, 34 mil para doutorado e 8,9 mil para pós-doutorado, entre outras previstas.

O ministro ressaltou que o número de alunos graduados em ensino superior triplicou na última década e que também houve crescimento do número de mestres e doutores. Segundo ele, o Brasil ocupa hoje a 13ª colocação entre os países com maior participação percentual em produção científica. Já a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) conta com 170 mil teses digitalizadas na internet.

Capacitação – No seminário, o presidente da Comissão Especial do PNE, deputado Gastão Vieira (PMDB-MA), lembrou que os alunos da rede pública de ensino no Brasil aparecem em penúltimo lugar em pesquisa da Unesco que testou a compreensão de leitura de estudantes de 41 países. O deputado considera que o PNE pode alterar esse quadro. “É o melhor Plano Nacional de Educação que já foi formulado no Brasil”, afirmou.

Já o presidente do Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica, deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), e o deputado Ariosto Holanda (PSB-CE) defenderam a capacitação tecnológica da população. Para Inocêncio, o analfabetismo tecnológico é pior do que o analfabetismo educacional, por ser ainda mais excludente.

Holanda, que propôs o evento, também destacou a importância da capacitação tecnológica, inclusive da parcela da população que não tem educação formal. Para ele, esse é o caminho para a desconcentração de renda no País. Segundo o deputado, a capacitação poderia ser feita por meio dos Centros Vocacionais Tecnológicos (CVT) – foram criados 236 CVTs desde 2003, instalados em todo o Brasil.

O presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), defendeu “grande pacto federativo”, sem disputas partidárias, para o fortalecimento do setor e o crescimento da inovação no Brasil. Para Araújo, a área pode contribuir para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

fonte: http://colunas.imirante.com/platb/gastaovieira/2011/08/17/3216/

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