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O novo BUG do Milênio


Jornal de Domingo

Jiyan Yari

17.04.2005


Empresas e governos de todo o mundo gastaram horrores há aproximadamente cinco anos atrás, com o conhecido BUG do Milênio, onde os números do ano tinham sido escritos com dois dígitos nos programas, principalmente os que foram feitos nas décadas de 70 e 80, ocorrendo o perigo de que quando virasse o século/milênio de 1.999 para 2000, os dois último dígitos sendo 99 pulariam para 00, levando os programas a acreditarem que era o ano de 1.900, causando assim uma infinidade de problemas, principalmente no que dizia respeito a investimentos e aplicações financeiras. O desastre premeditado não aconteceu, ou seja, o mundo não entrou em colapso e nem entraria, pelo menos não da forma como era anunciado aos sete ventos, mas sim tratou-se de mais um golpe de mercado do que um desastre histórico e serviu para encher os bolsos de muitas empresas.

Agora um novo BUG bate às nossas portas como uma nova oportunidade de negócios no já tão disputado mundo da tecnologia, já que vai afetar a todos indiscriminadamente. O protocolo de comunicação que garante acesso à intenet a milhões de pessoas pelo mundo está ficando "velho", pois foi criado há quase 30 anos, e não consegue mais atender a demanda por endereços, já que a internet está crescendo extratosfericamente a cada ano que passa. Protocolo é uma seqüência de números em que se traduz os endereços que digitamos em nosso navegador, por exemplo, quando se digita http://www.jornal dedomingo. com.br, na realidade é uma máscara para uma seqüência de números, ex: 200.241.123.456, que não sabemos e nem precisamos saber, pois é mais fácil guardar nome que números, pois é em relação a estes números que está ocorrendo o BUG, já que eles têm um limite e este limite está se esgotando pela grande quantidade de números que estão sendo pedidos por ano. A este protocolo damos o nome de IPV4 (Internet Protocol version 4) de 32 bits.

Imagine sua vida hoje sem a internet: é como imaginá-la sem televisão, rádio e jornal. Para evitar este colapso total da internet, criou-se um novo protocolo, chamado de IPV6 (Internet Protocol version 6), com 128 bits, que irá oferecer, além de maior quantidade de endereços de internet, também melhor acesso a som, vídeo e multimídia praticamente a tempo real, melhores mecanismos de segurança, com encriptação e autenticação mais seguras, maior suporte a internet e redes móveis entre outras melhorias embutidas.

O problema consiste basicamente em quem vai pagar a conta, pois afinal de contas, esse milagre da internet, considerado por muitos como as segunda era da internet tem um custo, obviamente. Pois bem, o Governo dos Estados Unidos está gastando e irá gastar nos próximos quatro anos cerca de U$ 30 bilhões para poder adequar os computadores públicos a esta nova tecnologia IPV, o mesmo estudo prevê que uma empresa precisará gastar algo em torno de R$ 1.000,00 por funcionário conectado à internet, sendo o Brasil um país com cerca de 24 milhões de computadores, deixa claro que existe um mercado bem promissor nessa migração, já que a tendência é de um crescimento exponencial no número de computadores vendidos e, portanto, conectados à internet.

Atualmente, no Brasil, a RNP – Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, já tem estabelecidos 26 pontos de presença (PoPs), dos quais 13 foram estabelecidos recentemente, sendo eles o Espírito Santo, Piauí, Maranhão, Sergipe, Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amapá, Tocantins, Roraima, Rondônia e Amazonas, integrando assim a rede IPV6 da RNP.

fonte: http://www.jornaldedomingo.com.br/informatica.htm

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