![]() | Ibict lança manifesto pelo acesso livre à informação científicaIbict 14.09.2005 O Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) lançou ontem (13/9) o Manifesto Brasileiro de Apoio ao Acesso Livre à Informação Científica, em videoconferência que interligou pesquisadores em salas montadas em Brasília, São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza e Florianópolis. No encerramento, o presidente da Sociedade Brasileira de Apoio ao Progresso da Ciência (SBPC), Ênio Candotti, elogiou a iniciativa e propôs que os trabalhos a serem apresentados na próxima reunião anual da entidade sejam publicados em sistema aberto e fiquem disponíveis ao público. A próxima reunião da SBPC está prevista para julho de 2006, em Florianópolis (SC). Estima-se a apresentação de 5 mil trabalhos. Durante a videoconferência, Candotti comentou que a proposta do acesso livre à informação científica é um desafio para a própria SBPC repensar suas estratégias. A SBPC é um grande laboratório de difusão da ciência, mas ainda está centrada na utilização do papel. Minha proposta é que, já a partir do próximo ano, os trabalhos apresentados estejam disponíveis para todos em arquivos abertos, afirmou. Candotti também propôs que as agências de fomento à produção científica invistam 10 por cento dos recursos destinados à compra de periódicos científicos na implantação de repositórios de acesso livre. A iniciativa Esse novo paradigma não contesta a existência dos periódicos científicos impressos e assinados, mas defende que cópias dos resultados de pesquisas científicas financiadas com recursos públicos estejam disponíveis para qualquer interessado, sem custo, nos chamados repositórios de acesso livre. Os defensores desse novo paradigma consideram a informação científica insumo básico para o desenvolvimento científico e tecnológico de uma nação. O manifesto, disponível no site www.ibict.br/openaccess, traz recomendações aos quatro principais grupos de interesse para a informação científica: a própria comunidade científica, as instituições acadêmicas, as agências de fomento e as editoras comerciais de publicações científicas. Já foram registradas 141 adesões ao manifesto brasileiro. O Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), unidade de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, há cinco anos estuda e desenvolve ferramentas utilizando softwares e arquivos de código aberto. É o caso da base de dados da Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD) e do Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas (Seer), software livre que permite a publicação de revistas científicas eletrônicas na Internet. Atualmente, 55 revistas científicas são publicadas por meio dessa ferramenta. Dentre as vantagens da tecnologia dos arquivos abertos (open access), segundo o coordenador de Projetos Especiais do Ibict, Helio Kuramoto, destaca-se a maior rapidez na disseminação da literatura científica publicada nos repositórios de acesso livre, na visibilidade dos trabalhos publicados e no impacto dos resultados com ampliação das possibilidades de citação por outros autores, além da melhor comunicação entre os sistemas e repositórios. Criar repositórios não tem custo alto. A Internet também é uma vitrine onde podemos expor nossas idéias e torna-se importante o registro de conteúdos científicos brasileiros na Web, afirmou durante a videoconferência. A realização da videoconferência teve o apoio da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e universidades estaduais e federais. Assessoria de Comunicação Social fonte: http://www.ibict.br/noticia.php?id=142 |