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Pesquisa e ensino serão ligados em rede de altíssima velocidade

Governo lançará nesta semana um novo serviço que terá 60 gigabites de capacidade total de transmissão


Agência Estado

Herton Escobar

14.11.2005


Os Ministérios da Ciência e Tecnologia (MCT) e da Educação (MEC) vão inaugurar esta semana uma nova rede de internet óptica de altíssima velocidade para instituições de ensino e pesquisa em todo o País.

O projeto deverá elevar a capacidade total de transmissão da atual rede - de 2,5 gigabites para 60 gigabites. Nos Estados de São Paulo, Rio, Minas e no Distrito Federal, a velocidade para troca de dados chegará a 10 gigabites por segundo, bem superior em comparação à máxima velocidade atual, de 622 megabites por segundo. A banda larga mais veloz oferecida hoje pela rede comercial, comparativamente, é de 1 megabite por segundo - ou seja, 10 mil vezes mais lenta.

A idéia é permitir uma comunicação mais dinâmica entre os centros de pesquisa e universidades públicas do País. 'Hoje os pesquisadores do sistema público não pagam para usar a internet; quem paga é o governo federal. Mas a conexão é relativamente lenta', disse ao Estado o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende. 'Com isso vamos permitir uma nova troca de informações em alta velocidade.' O projeto abre caminho para a utilização de uma série de ferramentas virtuais de última geração, como videoconferências e a comunicação por voz via internet. 'Prevemos uma grande economia nas contas telefônicas', afirma Rezende.

A comunicação online é hoje uma ferramenta de laboratório básica e crucial. Redes virtuais de ensino e pesquisa estão cada vez mais comuns e não é raro ver trabalhos científicos assinados por cientistas de diferentes Estados e países que, muitas vezes, nem se conhecem pessoalmente. 'O potencial dessa nova rede nos coloca no mesmo nível dos países mais avançados', diz o diretor-geral da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Nelson Simões. 'Não vamos ficar devendo nada para ninguém.' O lançamento oficial será feito na Terceira Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que começa depois de amanhã em Brasília. Mas as primeiras ligações já entraram em operação neste fim de semana em sete capitais: São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Brasília (que formam o chamado Anel Sudeste), Salvador Recife e Fortaleza (Anel Nordeste).

Em uma semana também deverão ser integradas as capitais do Anel Sul: Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre.

ETAPAS

'Essa é a primeira etapa, com dez Estados', explica Simões. 'Os outros serão incorporados à rede gradativamente nos próximos quatro anos.' A maior dificuldade será na Região Norte, onde não há praticamente nenhuma infra-estrutura de fibra óptica já instalada.

O serviço será gerenciado pela Embratel e pela Brasil Telecom, que venceram licitação para o projeto, ao custo de R$ 8 milhões por ano.

Outros R$ 40 milhões serão gastos na instalação das chamadas redes metropolitanas, que ampliarão as ligações do ponto de entrada do anel para todas as outras instituições. Por exemplo, da Universidade de São Paulo (USP) para as outras universidades e laboratórios paulistas. 'A idéia é montar redes de alta capacidade, mas baixa capilaridade', explica Simões. O plano é ter as redes metropolitanos instaladas nos 26 Estados até o fim de 2006.

INTERAÇÃO FACILITADA

Uma aplicação em larga escala seria no aperfeiçoamento de professores por meio da transmissão interativa de cursos via internet, como já vem sendo feito no Instituto de Matemática Aplicada (Impa). Desde 2002, o Curso de Aperfeiçoamento de Matemática é transmitido da sede do Impa, no Rio, para 20 Estados, beneficiando mais de mil professores e permitindo uma economia de R$ 720 mil, segundo dados da RNP.

'Precisamos fazer isso em escala, em todo o País', afirma Simões. 'Não é difusão. Também não é TV. É interatividade.'

A RNP, criada pelo MCT em 1989, foi pioneira na difusão da internet no País, muito antes da chegada dos serviços comerciais. A rede serve cerca de 300 instituições em todo o Brasil, com mais de 1 milhão de usuários.

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fonte: http://www2.estado.com.br/ep/render.asp? name_final=Estado_20051114_A-1%BA%20Caderno_A06-Vida%20% 26_011_01_documento

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