RNP - Rede Nacional de Ensino e Pesquisa

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RNP na Mídia 
 

Rede acadêmica amplia velocidade

Expansão da capacidade da internet das instituições acadêmicas baianas sobe dos atuais 34 megabytes (mbps) para 2,5 gigabytes por segundo


A Tarde

Fernanda Santa Rosa

23.11.2005


Universidades e centros de pesquisa baianos têm agora internet com banda larga de altíssima capacidade. O aumento da banda é fruto da ampliação do backbone da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), que ganhou a denominação de Rede Ipê, lançada na semana passada em Brasília.

Com as alterações na infra-estrutura da rede, que agora interliga por meio de tecnologia óptica dez Estados beneficiados nessa primeira etapa, as instituições baianas passaram a operar a uma velocidade de 2,5 Gigabites por segundo, bem superior aos 34 Megabites por segundos anteriores. É cerca de 1.500 vezes mais rápido que a banda larga comercial de maior capacidade disponível no mercado.

Com a nova infra-estrutura, a comunidade acadêmica poderá ter acesso a um volume de informações muito maior que o disponível até então, além de dispor de mais velocidade de comunicação, inclusive com acesso direto a outros países.

O backbone é o trecho de maior capacidade da rede internet, que dispõe de uma infra-estrutura de alta velocidade e que proporciona a conexão com várias redes menores. O primeiro a ser implantado no Brasil foi a RNP (Rede Nacional de Pesquisa), que começou atendendo a entidades, faculdades ou universidades que queriam se conectar à internet.

A partir de 1995, a Embratel implantou um backbone paralelo ao da RNP, passando a prover serviços de conexão a empresas privadas.

Pioneirismo – O trabalho é pioneiro na América Latina e oferece suporte para aplicações avançadas, como projetos em tele-saúde, que demandam transmissão de imagens de alta qualidade para a elaboração de diagnósticos, além de segurança na troca dos dados médicos.

O diretor-geral da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Nelson Simões, explicou que essas funcionalidades não existiam com o backbone anterior e atendem a uma necessidade emergente. “A cada dia são criados novos projetos que requerem o uso avançado da rede, como, por exemplo, programas de educação a distância. Precisávamos atualizar a rede acadêmica nacional”, diz Simões.

O projeto teve ainda motivações mais ambiciosas, como a utilização da rede para operar a distância o telescópio de pesquisa astrofísica do sul – Soar (Southern Astrophysical Research Telescope), instalado no Chile. “O Brasil está agora no mesmo nível das redes mais avançadas do mundo, como a Abilene e ESnet, dos Estados Unidos”, afirma o diretor.

Interatividade – Claudete Alves, coordenadora administrativa da RNP na Bahia, que tem o ponto de presença na Ufba, acredita que a nova rede vai ajudar, por exemplo, na promoção de uma maior interatividade entre a universidade e a comunidade acadêmica através de aplicações como a transmissão de eventos em tempo real ou a realização de reuniões virtuais. “É um avanço extraordinário, que deve também se refletir no desenvolvimento da produção acadêmica local, já que vai facilitar a realização de parcerias entre pesquisadores baianos das diversas áreas do conhecimento e com estudiosos de outros Estados e países”, afirma.

A capacidade total da RNP foi ampliada dos 2,5 Gigabites por segundo para impressionantes 60 Gigabites por segundo. Pernambuco e Ceará também foram contemplados e já estão conectados a 2,5 Gbps. A mesma capacidade foi destinada aos três Estados do Sul do País. Em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e no Distrito Federal, a rede passou a operar a 10 Gbps. O critério de escolha foi baseado no volume de produção científica de cada região e na infra-estrutura disponível. A Embratel foi a responsável pela implantação da infra-estrutura de conexão dos Estados do Nordeste e do Sudeste, enquanto um consórcio liderado pela Brasil Telecom implementou o programa na região Sul.

Segundo Nelson Simões, foram gastos R$ 8 milhões em um ano apenas para a implantação da primeira etapa do projeto. “A rede Ipê será ampliada e deverá alcançar os outros Estados da Federação nos próximos quatro anos”, garante.

O que é a RNP?

A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), criada em 1989, é uma rede Internet nacional criada para a comunidade acadêmica. Todos os 26 Estados brasileiros mais o Distrito Federal contam com pontos de presença da rede, que dispõe de uma infra-estrutura de alto desempenho para a comunicação entre as 300 instituições de ensino e de pesquisa que estão interligadas. São cerca de um milhão de usuários.

Em 2000, a rede foi atualizada para atender às novas necessidades de banda e serviços da época. Desde então, o backbone RNP2, como é chamado, passou também a oferecer suporte para experimentação e desenvolvimento de aplicações e tecnologias de rede avançadas, como telefonia sobre a rede Internet (VoIP), TV digital, educação a distância e videoconferência IP. Tem ainda conexão própria com outras redes acadêmicas do mundo através das iniciativas Clara (Cooperação Latino-Americana de Redes Avançadas) e Alice (América Latina Interconectada com a Europa). A rede é mantida pelo Programa Interministerial dos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia, através de contrato de gestão da RNP com o MCT.

fonte: http://www.atarde.com.br/

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