Grupos de Trabalho apresentam resultado
parcial dos projetos
Clique na imagem para visualizar a galeria de fotos. Coordenadores dos Grupos de Trabalho (GTs) apoiados pela RNP apresentaram, na manhã desta segunda-feira (30/4), suas pesquisas para a criação de novos serviços na área de redes durante o 13º WRNP, em Ouro Preto (MG). Entre as novidades, estão aplicações de suporte para e-Science, soluções de armazenamento de conteúdos e tecnologias para gestão de redes wireless, aplicativos móveis, telemedicina, entre outras. Todos os estudos estão sendo demonstrados em estande montados no Centro de Artes e Convenções da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), onde ocorre o evento. Grupos de Trabalho de fase 1MONITORAMENTO DE VÍDEO - A pesquisadora da Escola
Politécnica da Universidade de São Paulo, Regina Silveira, explicou
aos presentes a proposta do Grupo
de Trabalho Instrumentação e Monitoração para Aplicações de
Vídeo (GT-IMAV). A proposta do grupo é criar uma
ferramenta para medir e avaliar a qualidade do consumo de vídeos na
Internet, alimentando de informações úteis tanto produtores como
profissionais da área de redes. A ferramenta, que pode ser usada,
por exemplo, em sistemas de vídeoaulas, detecta o comportamento do
internauta na interação com o vídeo, e o consumo de recursos de
rede. Ao justificar a importância do estudo, Regina lançou mão de
dados que mostram o crescimento do consumo de vídeos on-line, como o
que aponta que, a cada minuto, são postadas cerca 60 horas de
vídeos.
TRADUÇÃO AUTOMÁTICA – O Grupo de
Trabalho Acessibilidade como um Serviço (GT-AaaS) foi
apresentado por seu coordenador adjunto, Tiago Maritan, da
Universidade Federal da Paraíba. Para desenvolver um sistema capaz
de traduzir legendas de vídeos para Língua Brasileira de Sinais, o
GT desenhou o perfil dos usuários, que possuem grande dificuldade de
acessar conteúdos audiovisuais, uma vez que 25% deste público não
consegue ler melhor que uma criança de 9 anos e 97% não concluíram o
Ensino Médio. A ferramenta permitirá que vídeos legendados em
português possam ser convertidos para Libras, através de um avatar
virtual, que executa movimentos criados a partir de gravações em
estúdio e software específico.
E-CIÊNCIA NA NUVEM - Uma plataforma de computação na
nuvem voltada para aplicações científicas é a pesquisa apresentada
pelo Grupo
de Trabalho Minha Cloud Científica
(GT-MC²), coordenado pelo pesquisador do Laboratório
Nacional de Computação Científica, Antônio Tadeu Azevedo Gomes. A
ideia, segundo ele, é criar uma plataforma web de fácil operação
para desenvolvedores e usuários das aplicações. Ela permitirá, por
exemplo, ao desenvolvedor customizar a plataforma com base em suas
necessidades, e ao pesquisador, publicar, armazenar e compartilhar
os resultados dos seus experimentos.
ARMAZENAMENTO - O Grupo de Trabalho Computação em Nuvem para Ciência (GT-CNC) pesquisa uma solução para e-Science baseada em computação em nuvem. O professor da Universidade Federal do Pará, Roberto Samarone, explicou que há outras ofertas nessa área, como Google Drive e Dropbox, mas que não oferecem garantia para segurança dos dados e não estão disponíveis no Brasil. A intenção dos pesquisadores paraenses é oferecer uma plataforma segura, eficiente e com alta disponibilidade para armazenamento de dado. Uma das novidades do projeto é a acessibilidade multiplataforma, como em tablet e telefone celular.
Grupos de Trabalho de fase 2
PRESERVAÇÃO DIGITAL - O professor Luis Carlos Erpen De
Bona, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), apresentou o
trabalho realizado pelo
Grupo de Trabalho Digital Preservation 2
(GT-DP2), que desenvolve de um sistema de preservação digital
baseada em arquivamento distribuído. A intenção é encontrar uma
solução para arquivar de maneira segura um grande volume de
conteúdos digitais. Em sua apresentação, o professor fez referência
a formas de preservação de informações pré-históricas para explicar
a importância do seu trabalho. O pesquisador argumentou que desenhos
nas cavernas, ainda que sejam difíceis de serem decodificados, se
constituem em formas de preservação mais eficientes que as formas
existentes atualmente, dada a rápida obsolescência de tecnologias.
REDES SEM FIO - A Universidade Federal Fluminense (UFF)
já utiliza em seu campus de Niterói (RJ) o fruto das pesquisas do Grupo de
Trabalho Sistema de Controle Inteligente para Redes sem Fio 2
(GT-SciFi2), apresentado pelo professor da UFF, Luiz Claudio
Schara Magalhães. O projeto desenvolve uma plataforma aberta,
extensível e de baixo custo para controle de pontos de acesso sem
fio (APs) e com três funções básicas: escolha de canal, controle de
potência e balanceamento de carga. Ela facilitará a instalação da
infraestrutura porque permitem a configuração automática e dinâmica
da rede e permitirá o melhor uso da rede direcionando os usuários a
locais onde a rede esteja menos carregada.
DISPOSITIVOS MÓVEIS - O pesquisador Valter Roesler, da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, explicou ao público o
trabalho do Grupo de
Trabalho Sistema de Multiconferência para Acesso Interoperável Web e
Móveis 2 (GT-MConf 2). O grupo criou uma ferramenta em software
livre para realização de webconferências que pode ser utilizado em
dispositivos móveis. Na fase 2, o grupo se dedica à realização de um
projeto piloto com a colaboração de um conjunto limitado de
instituições usuárias. Serão estudados aspectos de escalabilidade,
distribuição de carga e virtualização. Também será aprimorado o layout
do sistema.
TELEMEDICINA - Ficou a cargo da pesquisadora da Universidade Federal da Paraíba, Tatiana Tavares, encerrar a sessão ao apresentar o trabalho desenvolvido pelo Grupo de
Trabalho Ambiente de Videocolaboração em Saúde 2 (GT – AVCS
2). Em sua segunda fase, o Grupo de Trabalho tem como foco aprimorar a plataforma desenvolvida para o serviço de transmissão de cirurgias ao vivo. Através da ferramenta criada pelo grupo, é possível captar imagem, chaveá-las e transmiti-las para outras localidades, em tempo real, com vistas o propósito de apoiar o ensino e aprendizagem a distância na área da saúde.
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