Open Flow e SDN abrem o segundo dia do
WRNP
A manhã desta terça-feira (1/5) abriu espaço para uma discussão
inovadora, durante o painel “Redes Definidas por Software
(SDN)”, no 13° WRNP. A plateia teve a oportunidade
de conhecer a visão de pesquisadores e do mercado sobre os temas
Open Flow e SDN.
Ao descrever a tecnologia de Open FLow, o coordenador do PoP-RS,
Leandro Bertholo, explicou que os administradores de rede enfrentam
problemas para implementar novas funcionalidades de rede e que,
apesar disso, precisam garantir que essa rede seja simples de operar
e estável. “Cada vez mais os administradores de redes têm nas
mãos um quebra-cabeça. O usuário quer novas funcionalidades e, para
isso, os protocolos são adaptados, mas eles têm um limite. Uma
solução para este problema, e para não depender das soluções
proprietárias, é o Open Flow. O que vocês vão fazer com este
protocolo depende de vocês!”.
Christian Rothenberg, do CPqD, explicou que o Open Flow é um
protocolo simples, uma abstração de plano de encaminhamento,
enquanto o SDN é uma abstração de uma arquitetura. “O Open
Flow e o SDN estão trazendo oportunidades para academia e mercado. É
um modelo muito interessante de inovação”. Do ponto de vista
estratégico, Christian reforça a relevância de se apostar nessa
tecnologia: “Esta é uma oportunidade de desenvolvimento para a
indústria nacional de software de rede. Com este modelo, podemos
atuar de fato no controle de aplicações que determinam o tráfico de
redes”.
O mercado por sua vez já está de olho nesta oportunidade, como é o
caso da HP, representada pelo arquiteto de Soluções da HP, Cristiano
Monteiro. Sobre as tendências na área de rede, o arquiteto reforçou
que hoje as redes estão cada vez maiores e complexas, e que os
usuários e aplicações esperam muitos mais do que elas tem a
oferecer. “A rede precisa se adaptar aos novos protocolos e
necessidades, como segurança, privacidade e resiliência”,
afirma. Outra tendência seria o papel do hardware como commodity.
Sobre os benefícios e expectativas em relação ao Open Flow e
SDN, Cristiano explica: “ A promessa do SDN é que você possa
gerenciar sua rede, focando num elemento exclusivo, geralmente o controler.
Os proprietários da rede podem inovar na inteligência, no que se
refere ao software de controle da rede. A automação da rede também
gera redução de custos. Com essa tecnologia os equipamentos passam a
ter a vida útil mais longas e os novos equipamentos terão custo mais
baixo”.
Internet2 e Open Flow
O painel “Redes Definidas por Software (SDN)” foi
encerrado com a palestra remota do pesquisador da Internet 2, Steven
Wallace. O assunto principal da apresentação foi a iniciativa Network
Development and Deployment Initiative (NDDI) que
produzirá um novo serviço para Internet2 chamado Open Science,
Scholarship and Services Exchange (OS3E). O NDDI está sendo
construído com a tecnologia Open Flow e irá gerar uma SDN, que
poderá criar múltiplas redes virtuais, possibilitando que
pesquisadores possam experimentar com os novos protocolos e
arquiteturas, e possibilitar a colaboração internacional. No
momento, o projeto está avaliando qual modelo SDN deve seguir:
“O modelo adotado pela GENI parece ser bom. Estamos nos
esforçando para descrever as diferenças entre os modelos e escolher
o que vamos usar. Esta é uma discussão que acaba de começar e é
muito interessante e longa”.
Steven Wallace convidou, ainda, os interessados em conhecer um
pouco mais sobre o novo serviço assistindo ao vídeo “Internet2
OS3E Demo” no link: http://www.youtube.com/watch?v=C6Nfg6DZqvI
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