Conexões a 100G são anunciadas no 14º
WRNP
Stanton afirmou que a RNP tem a preocupação de
atualizar a rede porque é uma tendência em outras redes das quais a
organização é parceira. “Temos a preocupação não só de
aprimorar a nossa rede, mas também as conexões com as outras”.
Grizendi explicou que, atualmente, a infraestrutura
operada pela RNP tem duas saídas internacionais, através da ANSP (Academic Network at São
Paulo) e da RedCLARA
(Cooperação Latino-Americana de Redes Avançadas).
“Além dos cabos existentes, vários novos
devem aparecer no futuro próximo. Os eventos esportivos estão
estimulando o surgimento de alternativas para atender não apenas as
operações de TV, mas o aumento da telefonia celular. As pessoas irão
aos estádios e farão upload de seus vídeos. Isso demandará uma maior
conectividade internacional e aplicações comerciais”,
ratificou o diretor de P&D. “Então, até 2016, teremos
novos cabos para os Estados Unidos, Europa e África”.
Ele citou como alguns dos usos dessa infraestrutura
avançada a transferência de grande volume de dados (big data),
vídeos de muito alta resolução, redes para experimentação e Big
Science, que são “atividades científicas que têm
especificidades em termos de geografia, como observatórios e
aceleradores, pois têm interesse global, com impacto nas demandas de
redes de pesquisa”.
Para Stanton, no futuro, haverá duas redes em cada
campus, uma convencional e outra sem firewall, que se comunicará com
semelhantes ao redor do mundo. “Haverá uma segregação entre
usuários de alta capacidade e usuários comuns, que usarão redes sem
interconexão, exceto fora, via Internet”. Tudo isso dedicado à
experimentação, que utilizará uma camada lógica, programada para
aplicações avançadas.
Ainda no período matutino, Grizendi anunciou uma
atualização de banda de 10G para 100G no anel óptico da rede Ipê
entre o Sudeste e Curitiba ao longo deste ano e do próximo, graças a
negociações entre a Oi e a Telebrás.
“Também estamos ativando conexões de 10G pelo
Atlântico e pelo Pacífico. Essas já chegaram a São Paulo em março.
Na sequência, ativaremos as saídas internacionais no Rio de Janeiro
e em Fortaleza”, garantiu o diretor de Engenharia e Operações.
Mas ele fez a ressalva de que as conexões dependem
de parcerias com as operadoras, o que impacta nos prazos. “Mas,
pelo menos, o circuito de 100G entre Brasília, Fortaleza e São Paulo
é uma iniciativa nossa. Então, já em 2013, deveremos ter uma
infraestrutura de 100G incorporada ao backbone da RNP”,
concluiu.
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