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Grupos de Trabalho apresentam resultados parciais

A manhã do primeiro dia do WRNP foi marcada pela apresentação dos coordenadores dos Grupos de Trabalho (GTs), apoiados pela RNP, que mostraram os resultados parciais de seus projetos na área de redes. Novas arquiteturas de rede para disseminação de conteúdo, circuitos dinâmicos, armazenamento de computação em nuvem, ferramentas para a criação de conteúdo audiovisual interativo, conectividade entre dispositivos físicos, monitoramento de aplicações de vídeo e acessibilidade foram alguns dos temas discutidos. Todos os trabalhos também estão sendo demonstrados em estandes no centro de convenções do hotel Royal Tulip Alvorada, em Brasília, onde ocorre o evento.

Grupos de trabalho - fase 1

Transporte de dados em redes híbridas

Isolar o tráfego em circuitos dinâmicos para administrar melhor grandes quantidades de dados é a proposta do Grupo de Trabalho Aceleração do Transporte de Dados com o Emprego de Redes de Circuitos Dinâmicos (GT-ATER), que apresentou os resultados da primeira fase do trabalho durante a manhã do dia 6/5. Segundo o coordenador, Kleber Vieira Cardoso, da Universidade Federal de Goiás (UFG), o serviço visa atender aplicações que precisam transferir grandes volumes de dados, de forma simplificada e confiável. Para isso, a proposta é usar uma rede híbrida, composta pela rede de pacotes tradicional e a de circuitos dinâmicos. “O RACE é o componente que separa o tráfego que fluía pela rede convencional para os circuitos dinâmicos, de maneira transparente”, explica Kleber Vieira Cardoso. Segundo o pesquisador, após a fase de testes, o GT pretende criar uma versão funcional desse serviço e testá-lo na rede experimental de circuitos dinâmicos da RNP (CIPÓ).

Disseminação de conteúdo educacional

Investigar novas arquiteturas de rede voltadas para a disseminação de conteúdo multimídia é o foco do trabalho do Grupo de Trabalho Redes orientadas a conteúdo como plataforma para disseminação eficiente de conteúdo educacional multimídia (GT-ICN), que está em sua primeira fase. De acordo com o coordenador, Luciano Gaspary, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), é preciso repensar a arquitetura de internet para redes orientadas a conteúdo. “A internet atual é baseada em pacotes IP. A ideia do ICN é tornar o elemento central em chunks ou pedaços de conteúdo. Este é um dos principais paradigmas potenciais em Internet do Futuro”, explica Luciano.

O estudo de caso escolhido foi a disseminação de conteúdo educacional, em arquitetura ICN. Os próximos passos são a implantação da infraestrutura localmente e o aprimoramento do protótipo do serviço para a condução de experimentos. “A ideia é investigar esse protótipo em testbeds de Internet do Futuro”, conclui o coordenador do GT.

Criação de conteúdo audiovisual interativo

Enriquecer a experiência do usuário em vídeos de conteúdo educacional é o objetivo do Grupo de Trabalho Serviço de Vídeo sob Demanda como Objetos de Aprendizagem (GT-VoA), que criou uma ferramenta de autoria em objetos de aprendizagem, a Cacuriá, capaz de construir vídeos não lineares, com espaço para a interatividade. “A principal diferença entre vídeos e objetos de aprendizagem é que vídeos são assistidos de forma linear, com começo, meio e fim. Já os objetos de aprendizagem são aplicações de vídeo não lineares, em que cada usuário assiste ao conteúdo exibido de forma diferente”, explica o coordenador do GT, Carlos Salles, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

Na nova ferramenta, é possível manipular diretamente o conteúdo, no modelo “What you see is what you get”. “Usamos o conceito de cena, em que cada cena está associada a um vídeo. Outros componentes podem enriquecer a experiência do usuário para assistir a determinado vídeo, como por exemplo, um quiz”, afirma Carlos Salles. Na segunda fase do projeto, o GT pretende desenvolver na ferramenta Cacuriá a possibilidade de autoria ao vivo e suporte colaborativo, em que vários professores podem criar ao mesmo tempo um objeto de aprendizagem.

Ecossistema de Internet das Coisas

Uma plataforma web para conectar dispositivos e produtos capaz de exercer controle, visualização, processamento e armazenamento de dados. Este é o trabalho do Grupo de Trabalho Ecossistema Web de Dispositivos Físicos (GT-EcoDif), que cria um ecossistema inspirado no conceito Internet das coisas, que pode conectar qualquer objeto da nossa vida diária à web. “Nesse ambiente, cada coisa torna-se endereçável e, consequentemente, controlável. As aplicações vão desde a indústria automotiva até equipamentos eletrônicos”, explica o coordenador do estudo, Paulo Figueiredo Pires, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

A plataforma pode ser utilizada em diferentes contextos, como monitoramento ambiental, acompanhamento de trânsito e condições da estrada e até mesmo no monitoramento de eventos de grande porte, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas.

Grupos de trabalho - fase 2

Acessibilidade como o serviço

Hozana Gomes de Lima, aluna do curso de Ciência da Computação da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), foi a grande motivação para o Grupo de Trabalho Acessibilidade como um Serviço (GT-AAAS), que se dedica à questão da acessibilidade para surdos. Para garantir que Hozana concluísse o curso, a equipe do LAVID, coordenada pelo professor Guido Lemos, criou soluções de acessibilidade para surdos em TICs. “Apenas 25% dos surdos conseguem ler melhor que uma criança de 9 anos e 97% deles não concluem o ensino médio”, afirmou Guido Lemos, em sua apresentação.

A proposta do GT-AAAS é oferecer um serviço de tradução de conteúdo audiovisual para a Linguagem Brasileira de Sinais (LIBRAS). Todo o sistema é em interface web e baseado em vídeo interativo. Atualmente, o GT aprimora a integração com o serviço Video@RNP e trabalha no reconhecimento de voz e a inclusão de ferramentas de suporte à operação.

E-ciência

Consolidar uma plataforma de computação em nuvem para aplicações científicas é o objetivo do Grupo de Trabalho Minha Cloud Científica (GT-mc²). A plataforma explora o conceito de e-ciência, que significa o uso de diferentes recursos computacionais pelos cientistas, como serviços de suporte à reprodutibilidade de experimentos e controle da proveniência de dados. “O usuário não perde os dados do experimento anterior. Então, o dado é preservado, independentemente da forma que os experimentos são definidos”, explicou Antonio Tadeu Azevedo Gomes, do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), coordenador do GT.

Atualmente, o protótipo já é testado para diversas aplicações, como hidrologia e modelagem molecular. Em sua segunda fase, o GT busca maior descentralização da administração do sistema e estuda a integração a outros projetos dos Grupos de Trabalho. O mc² foi integrado à Comunidade Acadêmica Federada (CAFe) através do Programa de Gestão de Identidade 2012.

Computação em nuvem

Implantar um serviço piloto de armazenamento de dados em nuvem, nos mesmos moldes do Dropbox e Skydrive, é o foco do Grupo de Trabalho Computação em Nuvem para Ciência (GT-CNC), que desenvolve, com tecnologia nacional, um serviço de armazenamento em nuvem confiável voltado para pesquisadores, acessível via web, Desktop e dispositivos móveis. “É importante termos um serviço próprio de armazenamento de dados em nuvem para evitar problemas de termos de uso e mudanças na legislação em caso de uso de serviços estrangeiros”, afirma o coordenador Roberto Samarone dos Santos Araujo, da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Monitoramento de aplicações de vídeo educacionais

A necessidade de monitorar o consumo de vídeo na internet é a motivação do Grupo de Trabalho Instrumentação e Monitoração para Aplicações de Vídeo (GT-IMAV), que desenvolveu uma plataforma para analisar a capacidade de absorção do conteúdo pelo usuário. “O conteúdo mais compartilhado em redes sociais é o vídeo. Por ser de fácil compreensão, ele superou a demanda de peer-to-peer nesta década”, afirmou o coordenador técnico do GT, Reinaldo Matushima, da Universidade de São Paulo (USP).

Para testar a efetividade da absorção de conteúdo educacional, o sistema foi utilizado em duas turmas da disciplina de Comunicação e Redes no segundo ano de Engenharia de Computação da Universidade Federal do ABC (UFABC). Na turma A, os alunos assistiram ao vídeo, enquanto a turma B assistiu apenas à aula tradicional. A pesquisa concluiu que os alunos que assistiram ao vídeo acertaram mais questões na prova e teve melhor desempenho nas questões que já tinham sido aplicadas. “Vídeos de boa qualidade com boa capacidade de transmissão tendem a melhorar o aprendizado”, afirmou a coordenadora Itana Stiubiener, da UFABC.
 






 

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6 a 7 de Maio. Royal Tulip Brasilia Alvorada. SHTN, Trecho 1, Conj. 1B, Bloco C, Brasilia