“A mobilidade nos tirou da prisão de onde acessar a internet para quando acessar a nuvem. “No futuro, cada um de nós terá sua personal cloud”, avaliou o consultor da Cloud Security Alliance, Paulo Pagliusi, durante sua palestra no DISI 2014, que tratou do tema “Espionagem globalizada e inovação em cibersegurança”.

Segundo o palestrante, vivemos em uma nova era de Guerra Fria cibernética, diante das denúncias de espionagem globalizada reveladas por Edward Snowden. “A novidade é a quebra de paradigma, ou seja, nações usando forças de espionagem governamental para vigiar empresas”, explicou. “Em três anos, o mercado sofreu perda de até 45 bilhões de dólares”.

Paulo Pagliusi defendeu o cloud computing como uma nova era da computação social.  “A nuvem é que dá a liga, o cimento que viabiliza os demais pilares: o da mobilidade, das redes sociais e, porque não, o big data”, afirmou.

No entanto, o especialista alertou que esse é um ambiente em constante evolução, que demanda uma proteção mais inteligente e adaptativa. “A complexidade do trabalho do profissional de TI cresceu muito. Hoje, ele precisa dominar vários navegadores e sistemas operacionais. Com isso, aumentam os desafios da proteção de dados na nuvem, pois as ameaças estão cada vez mais sofisticadas”.

Para ele, “a pergunta não é se seremos atacados, mas quando seremos atacados”. Diante desse contexto, Paulo Pagliusi defendeu uma modelo mais radical de cibersegurança, que não aja apenas de forma reativa. “Com a evolução do crime organizado, a preocupação não é destruir, mas ganhar dinheiro. Risco cibernético também é igual a risco nos negócios”, esclareceu.

O palestrante ainda fez recomendações para combater esse novo modelo de cibercrime. “É preciso ter preparação, para reduzir o tempo de resposta e impacto potencial, alinhar estratégias para integração com o negócio e sair desse círculo vicioso, com compromisso, antecipação e resiliência”.