Invasão de privacidade, furto de identidade, vazamento de informações, danos à imagem e à reputação e disseminação de boatos são alguns dos riscos proporcionados pelo uso descuidado de redes sociais.

Em palestra no DISI 2014, a analista de segurança do CERT.Br, Mirian von Zuben, fez uma análise dessas tendências com base nos casos recentes de ameaças detectados pelo departamento, vinculado ao NIC.Br, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.Br).

A palestrante comentou sobre o Whatsapp, que se popularizou nos últimos dois anos, e que já está sendo considerado uma rede social. “O que caracteriza uma rede social é o fato de o conteúdo ser gerado pelos próprios usuários. O Whatsapp representa uma evolução do próprio uso das redes sociais, em que a tendência é participar de grupos menores”, analisou.

Segundo dados do CERT.Br, o Brasil faz uso intenso de redes sociais, com 65 milhões de usuários no Facebook. E elas estão cada vez mais presentes no mundo infantil. Cerca de 81% de crianças e adolescentes brasileiras acessam as redes sociais.

Miriam alertou para a grande quantidade de perfis falsos que circulam nas redes. “Quanto mais informações um usuário disponibiliza na rede, mais fácil é para um impostor furtar a sua identidade”.

Um exemplo recente sobre danos à imagem e à reputação é o aplicativo Secret, que criou um ambiente propício para exposição excessiva, chantagem e ciberbullying. “O Secret provoca uma falsa sensação de privacidade e anonimato”, comentou Miriam.

A especialista ainda ressaltou que as redes sociais estão, cada vez mais, ocupando o lugar dos e-mails como locais favoráveis a ataques de malware e phishing, por alcançarem um grande número de pessoas. “As redes estão sendo usadas como experimentos comportamentais, em que o criminoso muda a forma como aparecia o feed de notícias do usuário”, explicou Miriam.

Para se preservar contra essas novas formas de cibercrime, a recomendação é de que o usuário desconfie de mensagens recebidas, mesmo que tenham sido enviadas por conhecidos, pois podem ter sido enviadas de contas falsas ou invadidas. “Outros cuidados são usar senhas longas e não repeti-las em vários serviços, não utilizar sua senha no computador de outras pessoas e ser cauteloso no acesso a novos aplicativos”, alertou.

Para os pais, as dicas são orientar as crianças sobre os riscos do uso nas redes sociais, respeitar os limites de idade e alertar para os riscos de se relacionar com estranhos. Já as empresas devem criar um código de conduta para deixar claro o que os seus funcionários podem ou não fazer.

Para mais informações sobre segurança em redes sociais, acesse a cartilha de segurança do CERT.Br.