Os principais tipos de ataque a dispositivos móveis e as opções de proteção foram debatidos pelo diretor técnico de Operações da Axur, Fabiano Pereira, na tarde desta sexta-feira, 28/8, no Disi 2015.

“Temos dois bilhões de aparelhos com as pessoas. No Brasil, 68 smartphones são vendidos por minuto”, declarou o especialista. Ele explicou que as fraudes mais conhecidas são as bancárias. “Há exemplos de aplicativos na loja da Google Play, da Caixa Econômica e do Banco do Brasil, que foram usados para golpes virtuais”, afirmou.

Outra ameaça citada foi o madware, um tipo de anúncio que atinge smartphones e tablets e que “pode alterar mensagens de texto, ringtones até a navegação do browser”.

Pereira também falou sobre casos de botnet, em que programas conectados à internet que se comunicam com outros similares, a fim de executar tarefas. “Os anunciantes pagam por publicidade na internet no formato pay per click e as botnets são criadas para fazer isso como pessoas reais. Um bilhão de dólares de anúncios nos Estados Unidos foram jogados fora com isso”, revelou, que acrescentou à sua fala, ainda, outras vulnerabilidades.

Para o diretor da Axur, “o usuário tem que ser um pouco mais cuidadoso”. “Ensinar as crianças é muito bom, pois elas são um excelente vetor para educar os pais”, destacou.

Com relação ao fenômeno do BYOD (Bring Your Own Device), ponderou que “até a década passada, as empresas tinham uma opção bastante usada: não pode nada. Mas hoje o mundo está mudando. Todos nós carregamos por aí muitos aparelhos”.

“Uma pesquisa desenvolvida por um grande grupo de segurança do LinkedIn mostra que 55% das empresas adotam o BYOD para satisfazer seus funcionários, 54% por motivos de mobilidade e 51% para aumentar a produtividade. Hoje, trabalhamos mais quando estamos de folga, e folgamos mais quando estamos no trabalho. Em contrapartida, 55% das companhias temem a perda de dados, 54%, o acesso não autorizado, e 51% se preocupam com o malware”, disse, reforçando a importância de manter as atualizações em dia.

“O mundo vai mudar mais. Além do fenômeno do BYOD, temos a Internet das Coisas. O ambiente vem se tornando cada vez mais complexo e as preocupações de segurança não andam na nossa cabeça a maior parte do tempo”, alertou, ratificando que é fundamental a conscientização.