- 25 a 27 agosto
- Brasília
- DF
Gestão de riscos e sua importância para as organizações
A cultura de gerenciamento de riscos nas empresas é relativamente nova nas organizações e tem ganhado cada vez mais notoriedade. Para falar sobre a importância da gestão de riscos corporativos, especialistas se reuniram em um painel de Governança e Liderança no último dia do Fórum RNP 2015 (27/8).
Toda e qualquer organização é única, pois possui cultura, valores, diretrizes de conduta, profissionais, processos, sistemas e modelo de gestão específicos. Portanto, é necessário que este ambiente seja entendido e mapeado, vulnerabilidades, fragilidades e controles analisados. “É preciso saber que os riscos têm interconectividade. Um risco de TI, por exemplo, pode potencializar um risco financeiro ou operacional. O gestor de riscos precisa ter a visão do todo da organização e criar um processo integrado, principalmente focando na prevenção. Também é fundamental ter um ‘plano B’ em caso de crise”, destacou o diretor-presidente da Brasiliano & Associados, Antônio Celso Brasiliano.
As principais técnicas utilizadas para estes fins são entrevistas com gestores e executores, observações dos processos e atividades em campo, análise de dados operacionais, indicadores e incidentes. “É preciso estimular toda a empresa a participar de maneira ativa na gestão de riscos”, acrescentou Brasiliano. De acordo com o especialista, contar com um framework de gestão de riscos também é fundamental.
Projetos implementados na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e na Companhia Paranaense de Energia (Copel) foram apresentados para exemplificar como essas organizações lidam com a gestão de riscos. Em julho de 2014, a Embrapa criou a Coordenadoria de Gestão de Riscos e Suporte à Decisão. “Um dos grandes desafios que enfrentamos foi a necessidade de nivelar o entendimento do conceito de riscos institucionais, principalmente dos empregados que integram a coordenadoria. A solução foi investir, nos seis primeiros meses em capacitação básica, na dedicação a projetos de riscos agropecuários e plano de ação com foco em governança e gestão de riscos”, explicou o coordenador de Gestão de Riscos e Suporte à Decisão da Embrapa, Moacir Pedroso Júnior.
O próximo passo será a implementação de três projetos pilotos para validar a metodologia e estratégia para gestão de riscos corporativos da Embrapa, de forma coordenada. “Faremos, ao final, uma avaliação dos resultados e trabalharemos em cima disso. Acredito que um de nossos maiores desafios serão adaptar critérios e métodos para a múltiplas áreas da empresa”, disse Júnior.
Como parte das ações para melhoria das práticas de governança corporativa, a Copel criou, em 2009, o Comitê de Gestão de Riscos Corporativos, para supervisionar e monitorar o gerenciamento de riscos da companhia e o assessoramento ao Comitê de Auditoria, de forma a assegurar a boa gestão dos recursos e a proteção e valorização do seu patrimônio. A Copel baseou sua solução no software de governança, riscos e conformidade (GRC) da SAP.
“A ferramenta automatiza, integra e centraliza os processos e informações da empresa, dando uma visão geral da organização. Isso facilita nosso desempenho e potencializa o gerenciamento de riscos”, ressaltou o gerente de Controladoria e Gestão de Riscos da Copel, Marco Antônio Biscaia.