Painel aborda a relação entre mobilidade e big data

“Não existe mais separação entre o real e o virtual”, sentenciou o CEO da Litteris Consulting, Cezar Taurion, na palestra matutina sobre mobilidade desta quinta-feira, 27/8, no Fórum RNP 2015.

O consultor sênior de tecnologia destacou que “cerca de 80% da população mundial tem celulares”. “Estamos numa era de exponencialidades. Temos uma sociedade hiperconectada e isso implica em muitas mudanças no nosso dia a dia. Meu trabalho não é mais num prédio, é onde tenho meu equipamento”, garantiu.

Para ele, “a geração digital pensa de forma diferente. O hábito da leitura, antes individual, pode ser monitorado hoje no Kindle. É uma revolução maior que o microscópio, que, quando surgiu, abriu um mundo novo, que não sabíamos que existia, de germes e bactérias. Isso gera novos modelos de negócios”.

“Os grandes concorrentes das indústrias automobilística atualmente são as empresas de tecnologia. O Uber contabiliza 50 bilhões de dólares de valor de mercado, mais que a United Airlines, a Delta e a FedEx. A AirBNB vale 20 bilhões de dólares, só perde em valor para as redes Hilton (28 bilhões de dólares) e Marriott (23 bilhões de dólares)”, ilustrou.

“Se queremos mudar, precisamos deixar de ser um país de usuários”, ressaltou Taurion, reforçando a importância de o Brasil desenvolver uma indústria inovadora, que trabalhe nesse novo paradigma.

“Estamos gerando dados a cada momento. Hoje, na nossa empresa, qualquer ativo gera informações. Também temos que coletar informações da parte externa, do Twitter, do Facebook, e trazer insights”, disse o engenheiro de Vendas de Real Protect, Dany Hel Figurello. “As empresas que analisam seus dados sempre vencerão. É preciso ter análise de informações para tomar decisão, para ser o mais assertivo possível”, garantiu.

Nesse contexto, em que a mobilidade aumenta exponencialmente a quantidade de dados disponíveis, o Open Source Lead da Microsoft, Alessandro Januzzi, aposta no uso de cloud computing.

“A democratização de acesso que a nuvem proporciona viabiliza o uso de novos conceitos. E quando falamos em nuvem, falamos de nuvem híbrida. A Microsoft acredita que as organizações possuem data centers e continuarão usando esses, mas precisam de uma nuvem que expanda sua capacidade computacional, com simetria de serviços dentro da nossa solução privada e de uma nuvem pública, para que possa existir consistência nas informações”, defendeu.