SIG do fone@RNP agora é SIG de Comunicação e Colaboração

Na tarde do dia 24/8, administradores, gestores de TIC e usuários do serviço de Voz sobre IP (VoIP) da RNP compartilharam experiências durante a quinta reunião do SIG de Comunicação e Colaboração. O objetivo foi apresentar resultados do uso, status sobre a capilarização, assim como fomentar a reflexão em torno do que a RNP oferece às suas instituições, subsidiando a evolução contínua de seus serviços. O gerente de Projetos a dRNP, Hélder Vitorino, explicou, na abertura do encontro, que o SIG teve o nome alterado de fone@RNP para Comunicação e Colaboração, a fim de incluir outras soluções, como Conferência Web e Videoconferência.

A primeira apresentação foi realizada pelo gerente de Projetos da Universidade Federal de Goiás (UFG), Juarez de Lima, e pelo arquiteto de software da UFG, José do Carmo, que mostraram o case do uso do WebRTC na construção de um softphone federado. A criação do serviço, chamado UFGFone, foi motivada para resgatar o uso do VoIP na universidade.

“A RNP implantou vários aparelhos IPs na universidade para o serviço fone@RNP, mas vimos a necessidade em investir ainda mais para melhorar a usabilidade e facilitar a mobilidade de uso na nossa instituição. Com esse novo softphone, é possível usar o aplicativo de qualquer ponto de internet. Um dos principais benefícios é redução dos custos das ligações”, afirmou Lima.

Foram realizadas demonstrações do aplicativo, que ainda está em construção. O serviço está sendo criado vinculado à Comunidade Acadêmica Federada (CAFe), que possibilita o uso de um login único pela federação. O interesse da UFG é oferecer o software a todas as instituições clientes da RNP.

Outro tema de destaque no SIG de Comunicação e Colaboração foi a importância dos padrões de interoperabilidade nos projetos de TIC. A analista em TI no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Ana Paula Mello, falou sobre os padrões de interoperabilidade de Governo Eletrônico do Brasil, reunidos sob o nome de ePING. Eles definem um conjunto mínimo de premissas, políticas e especificações técnicas que regulamentam o uso da Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) no governo federal, estabelecendo as condições de interação com os demais poderes e esferas de governo e com a sociedade em geral.

“O uso da ePING permite a troca de informações entre diferentes sistemas de TI, sejam eles de governo, empresas, outros países e até mesmo de pessoas. Os padrões são o alicerce para o fornecimento de melhores serviços à sociedade a custos mais baixos, pois permitem o compartilhamento, o reuso e o intercâmbio de dados e recursos tecnológicos”, destacou Ana Paula.

A primeira versão da ePING foi publicada em 2005 e hoje 222 órgãos têm esse padrão como obrigatório. Entre os benefícios, a analista citou a melhor prestação do serviço ao cidadão e a coordenação de programas e serviços de governo, além de eliminar informações redundantes, usando uma base única. Para Vitorino, é fundamental que a área de TIC comece a elaborar projetos baseados na ePING, a fim de produzir soluções que possam ser trabalhadas em conjunto, envolvendo padrões e protocolos únicos.

Seguindo com a programação, o SIG trouxe o CEO da Opens, Douglas Conrad (foto), empresa que desenvolve uma estratégia de negócios colaborativos em telecomunicação. Ele expôs a plataforma de telefonia IP livre SNEP, baseada em Asterisk e GNU/Linux, capaz de rodar em pequenos hardwares com uma boa performance. Essa surgiu para atender necessidades atuais dos ambientes de telecomunicações, indo além das ligações, gerando flexibilidade, facilidade e agilidade. “Atualmente, nossa necessidade de comunicação mudou. Precisamos colocar inteligência no ambiente de telecomunicação”, destacou.

A interface inclui funcionalidades de uma central telefônica de grande porte: voice mail, gravação, roteamento avançado de ligações, cadeado, sem limites de ramais. O serviço está presente em mais de 5.000 empresas em todo Brasil, incluindo Caixa Econômica Federal, Exército Brasileiro e Odebrecht. “Acreditamos que a colaboração e o compartilhamento são a forma mais eficiente de evolução. Abrindo o código do SNEP, estamos em contínuo movimento”, finalizou Conrad.

Para encerrar o encontro, o especialista de TIC da RNP, Alex Galhano, apresentou conquistas do serviço fone@RNP, que possui um repositório de arquivos, uma unidade de gerência (com cadastro de clientes, site e cada dispositivo instalado) e um sistema de monitoramento. “Também é importante destacar que tivemos a liberação do PBX IP para todas as instituições, implementamos o sistema de monitoramento e NOC e o gateway transparente analógico, fizemos o registro da marca fone@RNP e das logomarcas, entre outros benefícios”, ressaltou. O serviço possui 230 instituições clientes e conta com o apoio de diversas áreas da RNP, do Ponto de Presença de Santa Catarina (PoP-SC) e da CAM Tecnologia.

Um dos principais destaques do fone@RNP é a redução de custos. De acordo com o diretor de TI da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), José Santana Neto, a economia na instituição foi de mais de 80%. “Com os cortes nas universidades, fomos questionados sobre redução de custos em telefonia. Pegamos as contas desde 2014 e percebemos que os custos caíram de R$ 30 mil para R$ 5 mil por mês, com a implementação do serviço. Consideramos uma redução bem significativa”, alegou.

Galhano deu espaço para o especialista em TIC, Marcelino Cunha, palestrar sobre os serviços de Videoconferência e Telepresença da RNP aos participantes. “Nosso objetivo é integrar esses serviços ao fone@RNP, para termos um ambiente integrado por meio do VoIP”, disse. Já o analista de Operações, Rodrigo Azevedo, colocou em evidência o Conferência Web, que viabiliza às instituições clientes da RNP a realização de reuniões virtuais entre dois ou mais participantes, que envolvam compartilhamento de áudio, vídeo, apresentações de slides, quadro de notas, chat e/ou compartilhamento de tela. As possibilidades de uso são diversas e vão de simples reuniões até aulas de ensino a distância.