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GT Diretórios – middleware que viabiliza aplicações


A coordenadora do GT Diretórios, Noemi de La Rocque Rodriguez, da PUC-RJ, optou por falar sobre diretórios de uma forma geral antes de apresentar os resultados obtidos. Ela disse que o protocolo LDAP, usado como padrão atualmente para os serviços de diretórios, foi desenvolvido originalmente como uma proposta de gateway para o servidor X500 do padrão OSI. Com o tempo, percebeu-se que todo o tráfego para o servidor X500 era oriundo desse gateway e o LDAP passou, então, a ser um serviço autônomo.

Serviços de diretórios são classificados como middleware. Eles permitem interação de aplicações com dados por intermédio de APIs. São muito úteis, por exemplo, para sistemas de identificação, autenticação e autorização de usuários; armazenamento de informações que precisem ser acessadas por outras aplicações; criação de catálogos, etc.

A estrutura do serviço é composta, basicamente, pela definição de um modelo de informação a ser usado; a definição de atributos e classes de objetos e a entrada de dados no diretório.

A proposta da RNP para este GT era o estudo do serviço e a implantação de um piloto envolvendo algumas instituições. Noemi constatou a pouca incidência de grupos no Brasil trabalhando em questões ligadas a diretórios multi-institucionais.

De forma isolada, foram identificados grupos usando diretórios nas universidades federais de Minas Gerais (UFMG) e da Bahia (UFBA) para fins de administração de sistemas computacionais, como repositório de autorizações para recursos das redes. O Instituto do Coração (InCor), em São Paulo, também está usando em um projeto para autorizações e controle de acessos a laudos e pedidos de exames.

O GT utilizou o servidor Open LDAP. Dois pilotos foram montados. No primeiro, foi feito um experimento multi-institucional com o modelo EduPerson (diretório único com dados de pesquisadores e professores). Participaram desse piloto as universidades federais do Paraná (UFPR) e do Rio Grande do Norte (UFRN), a PUC do Rio e a RNP.

O outro piloto consistiu na criação de um diretório como apoio para o Portal de Vídeo Digital, o piloto de vídeo sob demanda do GT Vídeo Digital. Para isso, foi elaborado um esquema de informações cuja especificação foi feita pelo GT Vídeo Digital. O GT Diretórios implementou o serviço e desenvolveu a aplicação de consulta.

Noemi relatou a falta de documentação observada ao longo da atuação do GT. Além dos pilotos, ela relatou como resultados a experiência de trabalho integrado com GT Video Digital; o entendimento e documentação do Open LDAP; e a identificação de outros trabalhos na área.

Noemi identificou algumas oportunidades de desdobramentos: envolver maior número de instituições no diretório de pessoas e abrir discussão sobre a adequação do esquema do EduPerson; criar um diretório de diretórios como serviço estável.

Ela identificou, ainda, a validade de estudos para especificação do DSML, um padrão XML para manipulação de dados e operações.

Informações sobre o trabalho do GT-Diretório podem ser obtidas no site do GT em http://gtdir.inf.puc-rio.br

[RNP, 02.06.2003]

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