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Brasil adere a projeto internacional de compartilhamento de redes ópticas

RNP, CPqD, Ansp e KyaTera são os novos parceiros do Glif


Em abril, a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), a Rede Acadêmica de São Paulo (Ansp) e o projeto KyaTera, os dois últimos com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), formalizaram a parceria com a Global Lambda Integrated Facility (Glif). Estas são as primeiras instituições da América Latina a se integrarem à colaboração internacional que reúne gestores de redes de pesquisa para o compartilhamento de suas redes ópticas, onde o tráfego é encaminhado através de circuitos virtuais fim a fim.

A adoção dos circuitos virtuais em redes de pesquisa é uma tendência mundial e é tipicamente combinada com o uso simultâneo da tradicional tecnologia de redes de roteadores Internet, numa arquitetura chamada híbrida. Esses circuitos são implementados através de um encadeamento de lambdas (um lambda é um entre vários feixes de luz de cores diferentes em uma única fibra óptica) ou de redes locais virtuais (VLANs).

No caso da Glif, o interesse é exclusivamente pelo estudo dos circuitos virtuais fim a fim, usados, em geral, para aplicações que necessitam de grande capacidade de transporte, como, por exemplo, as de vídeo de alta definição ou processamento distribuído de alta capacidade, protegendo outras aplicações do congestionamento da rede. Um dos pré-requisitos é que as redes participantes tenham, pelo menos, um gigabit por segundo de capacidade de banda disponível para os circuitos virtuais.

Circuitos virtuais já são usados no Brasil

Os circuitos virtuais já começaram a ser utilizados para aplicações na área de física, realizadas, colaborativamente, entre pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), instituição participante da RNP, e do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern), na Suíça. Outro potencial usuário do recurso é o Rádio Observatório Espacial do Nordeste (Roen), do Inpe, localizado no Ceará, e que conta com a parceria do Massachusetts Institute of Technology (MIT).

As redes ópticas conectadas à rede mundial operada pela GLIF são interligadas por Goles (GLIF Open Lightpath Exchanges), que são os seus pontos de interconexão. Os Goles geralmente estão interconectados por enlaces internacionais (veja em http://www.glif.is/resources/).

O Southern Light (SOL), como é chamado o 18º Gole, fruto da parceria RNP-Ansp, situa-se em São Paulo e é ligado à Glif através do Gole norte-americano Ampath (Miami), por meio da conexão Whren-Lila (São Paulo-Miami). O envolvimento das redes brasileiras torna a iniciativa acessível a instituições localizadas em 23 cidades do Distrito Federal e dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Ceará, Bahia e Pernambuco, servidas pelo núcleo multigigabit da rede Ipê, pela rede experimental do projeto Giga – coordenado pela RNP e pelo CPqD - e pela rede KyaTera.

Só o projeto KyaTera mobiliza 400 pesquisadores em 11 cidades de São Paulo. A RNP participa duplamente da Glif: através da infra-estrutura nacional da rede acadêmica, a Ipê, e da rede óptica experimental Giga.

Para o diretor de Inovação da RNP, Michael Stanton, a tecnologia de rede usada na iniciativa Glif só tem a somar na renovação das redes acadêmicas: “Esses circuitos virtuais fim a fim garantem a usuários de maior demanda uma banda exclusiva, com um serviço de mais qualidade”, afirma.

Para visualização dos mapas das conexões Glif em várias resoluções, acesse:
http://www.glif.is/publications/maps/

[RNP, 15.05.2008]

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