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RNP na Mídia 
 

Brasil prepara novo backbone, chamado RNP2


Jornal A Gazeta

Lúcia Gonçalves

16.03.1999


Para poder conectar-se a outras redes acadêmicas no resto do mundo, a Rede Nacional de Pesquisa (RNP) prepara-se agora para uma nova fase de expansão da rede acadêmica brasileria. Isso significa a construção de um novo backbone (espinha dorsal da Rede) de alto desempenho, já batizado de RNP2.

Uma das grandes co-responsáveis por essa evolução tecnológica chama-se Internet 2. É uma rede acadêmica de altíssima velocidade - funciona a 2,4 Gigabits, o que a torna de cem a mil vezes mais rápida que a Internet comercial - que entrou em funcionamento há pouco mais de duas semanas nos Estados Unidos.

Entre as atribuições dessa "nova" RNP está preparar a infra-estrutura brasileira de serviços Internet para atender às demandas geradas por aplicações de nova geração. Também será necessário capacitar recursos humanos para operar e apoiar o desenvolvimento de redes baseadas em tecnologias de última geração. Por fim, a RNP deverá dar o pontapé inicial para o desenvolvimento local de aplicações sofisticadas, com uso intensivo de recursos interativos e multimídia.

Não significa que usuários domésticos ou empresas navegarão através desta parte da Rede. O seu uso continuará restrito a acadêmicos e estudiosos de universidades, grandes centros de pesquisa e empresas que produzem as tecnologias usadas na infra-estrutura da Internet 2 - como a IBM, 3Com, MCI Communications e Cisco Systems. Esses cientistas repassarão as tecnologias a usuários comerciais assim que estiverem prontas e bem testadas.

Mas todos esses investimentos requerem recursos financeiros. Resta saber se a RNP terá dinheiro para promover todas essas atividades. O coordenador da Rede Nacional de Pesquisa, José Luiz Ribeiro Júnior, já adiantou que será necessário procurar outras instituições com interesse no projeto. Isso porque o orçamento da instituição para este ano foi cortado pela metade - o orçamento de 98 foi de R$ 9,7 milhões. Em 99, o montante aprovado pelo Congresso foi de apenas R$ 4,85 milhões.

Os parceiros serão procurados, em princípio, no próprio setor público. Os mais cotados são o Ministério da Agricultura, através da Embrapa, e os centros de medicina avançada do país. Já para sensibilizar os empresários a RNP lembrará que nos Estados Unidos, por exemplo, as empresas investem na Internet 2 para futuramente terem mais mercado para vender seus softwares de redes corporativas. A participação de empresas privadas no projeto, segundo a RNP, se dará através da cessão de equipamentos e de infra-estrutura de telecomunicações para uso dos consórcios.

A melhoria da ligação do país com os Estados Unidos também será possível com a instalação do cabo de fibra óptica submarino America's II, que deverá estar pronto no ano 2000 e será um novo canal de comunicação ao lado do America's I, uma das atuais forma de ligação do Brasil com os Estados Unidos, via Internet. Já para melhorar a performance da Net em território nacional, a RNP espera o término da implantação da Rede Nacional de Fibras Ópticas, um projeto do sistema Telebrás, que também deverá estar concluído no ano que vem.

fonte: http://www.agazeta.com.br

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