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Fapesp ativa link com a Internet2


Gazeta Mercantil

Gabriela Gutierrez Arbex

20.02.2001


A Internet2 saiu, finalmente, do papel. Graças ao programa Biota - um conjunto de projetos que estuda a biodiversidade de São Paulo - a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) conseguiu, no último dia 4 de janeiro, ativar seu link com a Internet2 mundial, colaborando com o projeto Species Analyst da Universidade de Kansas. "Foi uma conexão conquistada e não comprada", comemora o professor José Fernando Perez, diretor científico da Fapesp, referindo-se ao fato de que a conexão de 155Mbps, paga pela instituição, não garantia o acesso à rede acadêmica mundial. "Abrimos uma porta para outros projetos", continua Perez, já sonhando com a aprovação do próximo, que pode ser o do Genoma Humano do Câncer. Em tempo: em menos de um mês de uso, a conexão internacional da Fapesp já atingiu picos de 36 e 42 Mbps, da capacidade de 155Mbps.

Com o objetivo de interligar as redes acadêmicas universitárias e dos institutos de e centros de pesquisa científica e tecnológica do Estado de São Paulo, a fundação iniciou, em 1989, a instalação da ANSP (Academic Network at São Paulo ou rede acadêmica de São Paulo). Atualmente, essa rede se interliga a ReMAV-SP (da RNP - Rede Nacional de Pesquisa), além de inúmeros outros backbones, e ao StarTap em Chicago(EUA) a uma velocidade de 155Mbsp, contra os 12Mbps iniciais. Mas, na opinião de Perez, não é só a velocidade que deve ser levada em consideração. "A concepção da Internet2 não refere-se apenas à rapidez, mas à alta qualidade para transmitir som, imagem e dados em tempo real. A própria rede será um grande laboratório de pesquisas, de modo a descobrir como aproveitá-la melhor", explica. Tanto que um dos objetivos da Internet2, determinado pela UCAID (University Corporation for Advanced Network), é direcionar os esforços de desenvolvimento da área de engenharia de redes, permitindo que as novas gerações de aplicativos usem a totalidade de sua capacidade de banda elevada.

Para atingir esse objetivo, a Fapesp promete lançar, ainda no primeiro semestre de 2001, um programa - em parceria com a iniciativa privada - que coloca a Interent2 no centro da discussão. "É preciso desenvolver meios de atingir a qualidade", diz Perez. Isso será muito útil para as empresas, de bancos à provedores. É difícil até imaginar o universo de interesses que podem ser despertados". O especialista explica que o primeiro objetivo do projeto é gerar mão de obra especializada, além de trabalhar na fronteira do conhecimento e da pesquisa.

fonte: http://www.gazetamercantil.com.br/

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