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RNP, Exército e MCTI apresentam iniciativas para um país mais interligado


Desafios locais e regionais são os impulsionadores para a formação de um cenário global de interconexão. Esse foi o recado passado pelo painel “Um País (melhor) Conectado”, conduzido pelo diretor-geral da RNP, Nelson Simões, na manhã desta segunda-feira (19), no 16º WRNP.

Na ocasião, o diretor lembrou os primórdios da internet e falou sobre a importância do workshop. “Em 2015, estamos celebrando os 20 anos de internet no Brasil e isso tem muito a ver com este workshop. Há 16 anos, nos reunimos pela primeira vez com a comunidade científica, para pensar um projeto de redes metropolitanas para as cidades. O objetivo de ter um Brasil conectado está por trás dessa história”, afirmou.

Nelson defendeu a criação de novos caminhos para interligar o Brasil com o mundo, “a América do Norte, a Ásia e a Europa estão bem conectados. Já a América do Sul e a África estão mais ligados, respectivamente, aos EUA e à Europa”.

“Hoje, a infraestrutura de fibras dedicada a educação e pesquisa tem uma distribuição que não segue a lógica de uma colaboração muito importante que temos com a Europa e a África, por exemplo. Só temos um cabo internacional, que passa pela América do Norte”, relatou, mostrando a importância de o país ter novas saídas internacionais para uma melhor comunicação com o mundo.

No Brasil, o diretor citou a meta atual de levar infraestrutura de comunicação e colaboração para os campi de universidade e institutos federais localizados fora das áreas metropolitanas. “Nos últimos anos, enfrentamos o desafio da interiorização, levando o suporte do Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia a mais de 900 localidades no interior”, afirmou.

Um dos parceiros dessa ação é o Exército Brasileiro. O general e chefe do Centro Integrado de Telemática do Exército (CITEx), Decílio Sales, detalhou a iniciativa Amazônia Conectada, que que prevê a “implementação de um backbone de fibra óptica de cerca de 8 mil km de extensão, lançado nos leitos afluentes da Bacia Amazônica, a partir do qual vários serviços serão disponibilizados para a população ribeirinha, incluindo órgãos públicos, unidades de ensino, organizações militares, entre outros”.

O teste de conceito do cabo subfluvial foi realizado com o lançamento de fibras em um trecho de 10 km, no Rio Negro, nos dias 7 e 8/4. A conexão está funcionando, desde então, sem apresentar problema técnico. “Temos um desafio de inovação tecnológica, mas também de gestão. O grande produto do nosso Comitê Gestor é a formação de uma governança, estabelecendo como cada parceiro vai atuar no programa. Não se trata só de passar o cabo, mas de prover serviços para a população de forma permanente e de qualidade”, precisou o general. Além do Exército e da RNP, fazem parte do projeto o Governo do Amazonas; a empresa de processamento de dados local, Prodam; a Telebras; o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipaam); a Universidade Estadual (UEAM); a Eletronorte; e o Tribunal de Justiça do Estado.

Por fim, o analista do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), José Henrique Dieguez, falou sobre as iniciativas da Secretaria de Política de Informática (Sepin) na área de inovação, como o TI Maior, o Brasil 100% Digital, o StartUp Brasil e o Certificação de Tecnologia Nacional em Software e Serviços (CERTICs).

“Inovação é negócio, não é só tecnologia, não é só financiamento. Então, tem que ser tocada pelo principal protagonista do mercado, que é a empresa. O Estado garante uma série de instrumentos, mas existem dois papeis: as universidades e até a RNP e as empresas. Estas (últimas) têm de entrar com o risco mercadológico”, ratificou.

Para ele, “a área de TI é transversal em um contexto econômico. Não deve ser pensada apenas como área meio e sim como estratégica, um vetor da inovação tecnológica”, sentenciou.






 

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