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Quando pesquisadores produzem estudos e publicações, existem dificuldades para que outros cientistas verifiquem ou aproveitem os dados que foram coletados, mas não usados. Tendo em vista uma maior eficiência na produção científica nacional, o coordenador-geral de tecnologias de informação e informática do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), Leonardo Lazarte, apresentou o Programa Nacional de Acesso Aberto a Dados de Pesquisa, no segundo dia do WRNP em Salvador.

Para Lazarte, as discussões sobre o tema aumentaram diante do novo cenário enfrentado pela comunidade científica, uma vez que surgiram novas tecnologias para maior armazenamento de dados, assim como conectividade de rede com mais largura de banda e capilaridade, que permite a transmissão de grandes volumes de dados.

Diante dessa demanda, o Ibict lançou o Programa Nacional de Acesso Aberto a Dados de Pesquisa, para dar suporte aos pesquisadores no compartilhamento de infraestrutura, de conectividade, armazenamento e processamento de dados, além de políticas de incentivo, de capacitação, facilidade de acesso, ferramentas de busca e troca de conhecimento.

Segundo o palestrante, o programa tem como valor estratégico incluir na produção científica pesquisadores de fora dos grandes centros ou em regiões que não teriam acesso a esses estudos.

O pesquisador também mencionou o Research Data Alliance (RDA), inciativa internacional iniciada pelos Estados Unidos, União Europeia e Austrália e da qual o Brasil faz parte, para discutir novas formas de compartilhamento de dados de pesquisa. “É preciso criar mecanismos que facilitem o pesquisador a automatizar seus dados”, afirmou.