Notícias
Painel aborda aplicações para lidar com infraestruturas SDN
As redes definidas por software (SDN, em inglês) estabeleceram um novo paradigma a ser seguido e o WRNP dedicou um painel para as aplicações necessárias nessa nova infraestrutura. O pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) colaborador da RNP, José Rezende, apresentou o status do projeto Infraestruturas Definidas por Software (IDS), que visa promover a evolução gradual da rede Ipê para SDN.
Segundo Rezende, o IDS envolve, em um único serviço, outras tecnologias, como o protocolo Openflow, o Network Functions Virtualization (NFV) e computação em nuvem, orquestrando recursos de rede e de computação de tal forma que a rede seja programável, fatiável e com recursos computacionais agregados. “Com o novo serviço, é possível fatiar a rede, para que cada uma dessas fatias seja totalmente programável”, explicou.
Para isso, foi criado um grupo de estudos para capacitar as áreas técnicas da RNP em SDN, para levantar os casos de uso na organização e também para a colaboração com pares internacionais, como as redes acadêmicas Internet2 e ESNet (EUA), Géant (Europa) e a Ampath, o Ponto de Troca de Tráfego internacional em Miami.
Nessa primeira etapa, um testbed local em SDN está em construção no Internet DataCenter da RNP em Brasília, utilizando o protocolo Openflow, onde estão sendo realizados testes de conformidade e desempenho e experimentos com circuitos dinâmicos. Posteriormente, o objetivo é construir uma rede sobreposta à rede Ipê.
A RNP atualmente coordena um serviço experimental para acelerar o transporte de dados em redes com circuitos dinâmicos, proveniente do GT-ATER, que participou do Programa de GTs em 2012.
O pesquisador da Universidade Federal de Goiás (UFG), Kleber Vieira Cardoso, afirmou que a motivação para o desenvolvimento da ferramenta ATER é aliar a oferta de backbones de alta capacidade e redes híbridas e a demanda por grande largura de banda para tráfego de dados. Para Kleber, a adoção do protocolo Openflow tem se mostrado adequada e a padronização e a escolha do controlador são questões relevantes.
Outra infraestrutura empregada para lidar com grandes volumes de dados é a arquitetura de rede Science DMZ, implementada na rede de um laboratório ou campus com configurações diferenciadas da rede em produção.
Segundo Fernando Redígolo, da Universidade de São Paulo (USP), foi criada uma ferramenta para facilitar o gerenciamento dessa infraestrutura e o protótipo Inicial testou tráfego dinâmico e SDN. Os próximos passos são a integração com o perfSONAR, ferramenta de monitoramento, com circuitos virtuais de camada 2 na rede acadêmica e negociação de requisitos de transferência e políticas de uso no controlador DMZ.