Notícias

Rede Rio Metropolitana é detalhada no WRNP 2016

Rede Rio Metropolitana é detalhada no WRNP 2016

O atual estado de desenvolvimento da Rede Rio Metropolitana (Redecomep-Rio), sua implantação, operação e usos foram apresentados hoje, dia 30/5, pelo diretor substituto do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), Márcio Portes, ao público do 17º WRNP.

“A Rede Rio fez 24 anos, com data de criação em 22/5/1992. Possui um backbone, ou seja, um anel central de 88 km, ao qual se ligam vários outros, além de uma série de radiais. O CBPF opera essa rede, em uma parceria com a RNP que é de longa data, já que abriga o PoP-RJ (Ponto de Presença da RNP no Rio de Janeiro) e também a ESR (Escola Superior de Redes) na cidade”, destacou.

Como instituições usuárias dessa infraestrutura, Portes destacou as Universidades Federais e Estadual do Rio de Janeiro, a saber a Uerj, a UFRJ e a Unirio, além do recém-criado Museu no Amanhã, na Zona Portuária, e do Parque Tecnológico da UFRJ, que está em processo de adesão. “Essa infraestrutura também será usada pelo Exército, para garantir a segurança dos Jogos Olímpicos, interligando pontos em Deodoro, Maracanã, Copacabana e Barra”, afirmou.

“A Rede Rio era o que existia. Com a chegada da Redecomep (Redes Comunitárias de Ensino e Pesquisa), muitas instituições passaram para esta, lançada em junho de 2014 e interconecta às redes metropolitanas de Niterói, a MetroNIT, e RMP, de Petrópolis. Ela levou sete anos para ser desenvolvida, dadas às negociações com vários parceiros e a questões de infraestrutura, como, por exemplo, a passagem de cabeamento pela Linha Vermelha”, explicou.

Portes afirmou que o CBPF está envolvido em várias aplicações de eCiência, que utilizam a rede acadêmica, a Ipê, e preveem a movimentação de grande volume de dados, tais como a Física de Altas Energias, a Cosmologia e a Física de Materiais. Em especial, ressaltou o projeto Large Hadron Colider (LHC-ONE), do Centro de Pesquisas Nucleares da Europa (Cern), com o qual o CBPF colabora via backbone da RNP. “É um acelerador de partículas na velocidade da luz. Isso nos permite entender o estado primordial da matéria, o mistério da energia escura, entre outros”.

“Para nós, quando falamos de computação em grid, como é o caso desse trabalho, referimo-nos à computação de alta performance, que só é possível casando processamento com rede”, ratificou o diretor, finalizando que investir em pesquisa e desenvolvimento deve ser uma prioridade para o desenvolvimento do país.