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Segurança da informação e multipresença são destaques dos GTs de fase 2
O Brasil é um dos países com maior incidência de ataques de negação de serviço (DDoS), que geralmente são associados ao aumento do volume de tráfego intencional para prejudicar a disponibilidade de um sistema. No entanto, outros ataques desse tipo têm sido desenvolvidos para atingir não apenas a camada de rede, mas também a de aplicação.
Segundo o coordenador do GT-Actions, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Iguatemi Fonseca, “os ataques que atingem a camada de aplicação são mais cirúrgicos” e utilizam pouco volume de tráfego para indisponibilizar um servidor web. “O tráfego gerado pelos atacantes se confunde com o tráfego tradicional, tornando difícil a detecção pelo administrador de rede”, ressaltou o pesquisador.
A fim de combater ataques DDoS na camada de aplicação, o grupo desenvolveu uma ferramenta de defesa, chamada SeVen. Também foram criados modelos matemáticos, perfis dos ataques, uma metodologia, algoritmos e técnicas para neutralizar ataques DDoS, além da plataforma computacional que faz a defesa em tempo real. “Realizamos experimentos com o SeVen na rede Ipê e, com a defesa, a incidência dos ataques DDoS diminuiu”, afirmou Iguatemi, na sessão dedicadas aos GTs de segunda fase.
O tema ataques de DDoS também permeou a apresentação do GT-EWS, da Universidade de São Paulo (USP), que estuda mecanismos de um sistema de alerta antecipado. Segundo o coordenador do GT, Daniel Macedo Batista, os Early Warning Atacks (EWS) são muito utilizados para proteção contra desastres naturais. A ideia do projeto foi trazer esses alertas para a proteção de redes. “Queremos reagir rápido e prever antes de um ataque acontecer, para que o administrador de rede seja avisado, antes que ele se torne um tsunami gigantesco, caso não seja impedido”, explicou.
As principais fontes escolhidas para obter essas informações foram as redes sociais, uma vez que é comum que os envolvidos se comuniquem para orquestrar ataques. Um dos resultados esperados pelo GT-EWS é a integração com o sistema de gerenciamento usado pelo Centro de Atendimento de Incidentes de Segurança (CAIS) da RNP.
Interação e multipresença
Ultrapassar as barreiras da colaboração foi o tema da apresentação do GT-Multipresença, que desenvolve um sistema de videoconferência capaz de permitir a comunicação independentemente do dispositivo, limitação de rede ou localização. A proposta é uma plataforma capaz de integrar de salas de telepresença em alta definição a computadores pessoais e dispositivos móveis. “São muitos elementos que estamos tentando coordenar para que funcionem juntos. E queremos fazer isso com um custo baixo”, afirmou o coordenador do projeto, Valter Roesler, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
A usabilidade é uma das preocupações do projeto, que desenvolve um software controlável por tablet e celular. As possibilidades de aplicação dessa tecnologia giram em torno do conceito de sala multiuso, para a realização de reuniões, eventos, palestras, dinâmicas de grupo, turmas presenciais e distribuídas e telepresença.