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Supercomputador Santos Dumont está disponível para comunidade científica

O Brasil tem seis supercomputadores na lista das unidades com maior capacidade de processamento no mundo, e um deles está no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), no Rio, disponível para a comunidade científica. Segundo o diretor da instituição, Augusto Gadelha, o supercomputador Santos Dumont tem capacidade de processamento de 1,1 petaflop/s, unidade que mede o desempenho de um computador pela quantidade de operações de ponto flutuante por segundo.

Ao todo, são 18.144 núcleos de CPU, distribuídos em 756 nós computacionais. O Santos Dumont também dispõe de sistemas de refrigeração a líquido, rede de interconexão de alto desempenho entre os nós computacionais, com comunicação entre eles de 113 Gb/s, sistemas de arquivos paralelos e um ambiente de software para perfilar e depurar até 20 mil núcleos em paralelo.

O palestrante convidado do WRNP ressaltou que qualquer instituição de ensino e pesquisa no Brasil pode submeter uma proposta ao LNCC para usar o Santos Dumont. Para isso, essa proposta precisa ter relevância técnica ou científica e propriedade no uso de computação de alto desempenho, para ser avaliada por uma comissão de especialistas até ser aprovada.

Segundo o LNCC, até 16/5/2016, foram submetidas 48 propostas para uso do Santos Dumont: 38 para o Sudeste, seis no Sul, duas no Nordeste, uma no Norte e uma no Centro-Oeste. Dessas, 45,8% são de físicos, 39,6% de químicos e 33,3% das ciências biológicas e da saúde.

Para Augusto Gadelha, e-Ciência significa criar uma infraestrutura de capacidade de processamento de dados científicos no país, formada por computadores e supercomputadores e também por uma rede de alto desempenho. “Se não tivermos a conectividade de alta velocidade, vamos ter o uso dos supercomputadores de forma limitada. Por isso, é importante a conexão de 100 Gb/s prevista pela RNP”, pontuou Gadelha.