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Passado, presente e futuro: palestrantes analisam a evolução das redes acadêmicas

07/05/2018 17:41

O WRNP 2018 recebeu três palestrantes para apresentarem a atual situação e as expectativas para a evolução da infraestrutura de rede no Brasil, na América Latina e sua integração com o mundo. O diretor-executivo da Cooperação Latino-Americana de Redes Avançadas (RedCLARA), Luis Cadenas, destacou as perspectivas de infraestrutura física da rede para este ano e as melhorias que os projetos Bella e Bella-T trarão para a América Latina até 2020, com conexões a 100 Gb/s. “Assim, vamos aumentar nossa capilaridade, à medida em que melhoramos a infraestrutura”, explicou. Outro ponto abordado por Cadenas foi a apresentação de alguns projetos que a RedCLARA tem trabalhado, como a estratégia de oferta de serviços em nuvem para a comunidade acadêmica da América Latina.

A apresentação do diretor de Engenharia e Operações da RNP, Eduardo Grizendi, enfatizou o foco da RNP em oferecer uma infraestrutura de rede brasileira escalável e com crescimento para 100 G, uma evolução da rede Ipê da RNP. Além disso, a organização quer conectar cada vez mais o interior do país. Isso será possível, por meio de parcerias com empresas do setor elétrico e provedores locais e regionais, ações que a RNP já está realizando, e com o lançamento dos novos cabos submarinos, que conectarão o Brasil aos Estados Unidos, Europa e África. “Um dos destaques de 2018 foi a ativação dos dois primeiros circuitos a 100 G no backbone da RNP: um de Recife a Campina Grande e outro de Campina Grande a Natal”, enalteceu Grizendi.

Com um olhar mais histórico, o cientista de redes assessor da Diretoria Executiva da RNP, Michael Stanton, abordou a evolução da arquitetura das redes acadêmicas nos Estados Unidos, Europa e sua influência no mundo. Segundo Stanton, os motivadores dessas melhorias incluem a natureza global da ciência e conhecimento e as colaborações transfronteiras. Parte da análise abordou a explicação do papel da Global Lambda Integrated Facility (GLIF), associação de redes acadêmicas que procura explorar novas possibilidades de atender a aplicações mais exigentes – científicas e culturais – e a integração com as discussões viabilizadas pelo Global Network Architecture (GNA), que procura definir um modelo para o futuro da rede global, que seja sustentável. O cientista concluiu reforçando a importância do papel da Brasil nas definições de como organizar as conexões que sustentam o desenvolvimento da internet acadêmica global.

Quer saber mais sobre a evolução das redes no Brasil e na América Latina? Assista às apresentações.