Notícia

Iniciativas de nuvem são apresentadas no WRNP

08/05/2018 14:36

Para fechar as palestras da manhã do segundo dia do WRNP 2018, foram apresentadas as iniciativas de nuvem da RNP. Como destacado pelo pesquisador da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Francisco Vilar Brasileiro, a organização “atua tanto como financiadora de projetos de P&D quanto como parceira em ações de P&D”.

Para exemplificar, Brasileiro fez um histórico da atuação da RNP em computação em nuvem, incluindo os projetos financiados pelo CTIC e pelo programa Grupos de Trabalho (GTs) e os em que a organização é parceira na execução, como o projeto Mercurius. Com duração de 2018 a 2022, este último prevê o desenvolvimento três estudos de caso para experimentação de modelos de negócios inovadores para Federação de Serviços para Suporte a e-Ciência.

Junto à Finep e à academia, a RNP também está colaborando para o desenvolvimento do CloudLab-BR, um testbed que está sendo projetado para experimentação em computação em nuvem. Apresentado pelo pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), Fernando Redigolo, o objetivo desse ambiente de testes é ser simples, possibilitando “provisionamento rápido, com alíquota justa”, que funcione como uma “receita de bolo de como montar cluster ou OpenStack de forma automatizada”.

Novidades da RNP

Nos próximos três meses, a RNP vai lançar, ainda, seu marketplace para aquisição de serviços em nuvem, batizado de nasnuvens. A proposta foi mostrada pelo diretor-adjunto de Gestão de Serviços, Luiz Coelho, que revelou que foram identificados “quatro perfis de usuários: científico, TI Corporativa, plataformas nacionais e preservação digital. Priorizamos, este ano, os dois primeiros”.

Ele mostrou que a prova de conceito do nas nuvens, que traz uma arquitetura híbrida, pública e privada, comunitária, com recursos cedidos, e que se molda de acordo com as oportunidades. “Pensamos em ser um ponto único de oferta, com um portfólio pré-qualificado de opções e um baixo custo de transação. A ideia é empoderar o pesquisador, trazer um leilão de ofertas com transparência e tendência de custos”, detalhou.

E para oferecer soluções adequadas às necessidades dos usuários finais, a RNP está desenvolvendo com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) um projeto piloto nos Programas de Pós-Graduação (PPGs) de três universidades, que vai resultar em plataformas que promovem mais integração e facilitam o dia a dia dos pesquisadores, alunos e professores, e dos coordenadores desses programas, como exposto pelo diretor-adjunto de Gestão de Soluções, Antônio Carlos F. Nunes.

“Nesse primeiro momento, seis PPGs estão envolvidos nessa cocriação com a RNP: Economia e Engenharia de Sistemas Eletrônicos e de Automação, da Universidade de Brasília (UnB), Ciência da Computação e Imunologia e Parasitologia Aplicada, da Federal de Uberlândia (UFU), e Geografia e Sociologia, da Federal de Pernambuco (UFPE). Como resultado desse processo, estamos desenvolvendo o MVP (Minimum Viable Product), produto mínimo viável, de quatro plataformas: um workspace, o Pr@tico; um Marketplace Científico; uma solução para encontro/banca remota; e um dashboard para coordenadores de pós-graduação, vinculado ao Sucupira, o Prumo”, disse Nunes.

“Com esse trabalho, percebemos que ofertas em nuvem são fundamentais para a escala pretendida. Também identificamos necessidades como compra de reagentes e equipamentos e que uma rede de campus adequada é de extrema importância para a oferta e uso de serviços. Agora precisamos entender como a RNP pode apoiar as instituições nisso”, concluiu o diretor.