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Debate sobre inovação e empreendedorismo encerra as atividades do WRNP 2018

08/05/2018 19:54

O painel conjunto SBRC e RNP trouxe para debate o tema ‘Inovação e Empreendedorismo no Mundo das Redes’ e abriu espaço para uma visão ampla sobre o assunto, ao trazer painelistas com diferentes visões: universidade, mercado, agência de fomento e startup.

Na abertura, a diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da RNP apresentou o programa de Grupos de Trabalho (GTs) da RNP, seu histórico e os principais números. Em seguida, o pesquisador da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Elias Duarte Jr., fez uma reflexão sobre a inovação no Brasil: “Quantas empresas poderiam ter surgidos a partir das pesquisas realizadas nas últimas décadas? Tem uma lacuna que vai além do papel da RNP”. Respondendo de alguma forma a questão anterior, o diretor-presidente da Fundação de Ciência e Tecnologia Guamá, Antônio Abelém, ressaltou que não é só uma instituição que vai resolver o problema da inovação no Brasil. É preciso que cada integrante do ecossistema da inovação assume seu papel e se articule. “Ainda não encontramos uma forma de transformar os resultados do conhecimento em inovação. Temos um longo caminho a ser percorrido, que precisa de investimento, estudo, apoio”, enalteceu.

O sócio da J. Forman Consultoria, John Forman, trouxe um pouco da visão do mercado e destacou que há um movimento recente de interação, por meio de programas de engajamento, do modelo de startup com as grandes corporações, pois muitas empresas querem pensar seus próprios processos internos de forma mais ágil. Nessa linha, o coordenador-adjunto de Pesquisa para Inovação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Fábio Kon, reforçou a importância de as universidades se aproximarem das empresas para gerar produtos inovadores e valorizarem o desenvolvimento de pesquisas em que teremos condições de inovar no mercado.

Para mostrar o olhar do empreendedor, o CEO da startup CyberSecurity++, Wagner Monteverde, contou a história de criação da empresa, desde um grupo de pesquisa apoiado pela RNP até hoje. A ideia de transformar o projeto em negócio foi do coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento da RNP, Fausto Vetter. A partir dessa ideia, o grupo foi atrás de investimentos e obtiveram o recurso em um edital da Startup Brasil. “Atualmente, estamos contando com apoio de uma aceleradora e tivemos a oportunidade de conversar com diversas empresa de grande porte. (...) O apoio da RNP foi muito importante. O próximo passo é nos inscrevermos na Startout Brasil, para levar nosso produto para além das fronteiras do país”, explicou.

Um dos pontos em comum entre os participantes do painel foi a análise sobre o papel da RNP a impulsionar a inovação no Brasil. Para Antônio Abelém, a organização poderia fazer parcerias com aceleradoras e incubadoras para apoiar os GTs financiados por ela. “A RNP tem na mão um tesouro. Tem o conhecimento pronto para ser transformado em negócio”, analisou. Já John Forman afirmou que a organização já tem atuado para a inovação, mas que precisa buscar melhorar esse processo permanentemente, reforçando sua importância no sistema nacional de educação e pesquisa. “A RNP pode atuar para articular iniciativas hoje existentes e que estão isoladas”, explicou.