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RNP2 ganhou enlace para Portugal

Harris doou equipamentos de rádio para conexão de instituições usuárias da rede acadêmica

Em 25 de fevereiro de 2002, os ministros da Ciência e Tecnologia do Brasil e de Portugal lançaram a primeira interconexão entre as redes acadêmicas dos dois países (RNP2 e RCTS, respectivamente). O enlace, de 2 Mbps, foi cedido pelas empresas Embratel e Portugal Telecom. Esta conexão foi implantada para servir de base à colaboração em três frentes de ação:

• investigação e desenvolvimento em processamento de língua portuguesa;
• investigação e desenvolvimento em redes Internet de nova geração e aplicações avançadas; e
• trabalho cooperativo via redes e videoconferência entre pesquisadores e estudantes de nível médio.

A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) - operadora do RNP2 - e a Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN) - operadora da Rede Ciência, Tecnologia e Sociedade (RCTS), estabeleceram um acordo para estudos nas áreas de IPv6, videoconferência e qualidade de serviço (QoS).

Esta foi a primeira conexão direta feita entre América Latina e Europa para fins de cooperação em ciência e tecnologia. Através da RCTS, a RNP tem acesso direto ao backbone pan-europeu Geant. O evento de assinatura do acordo Brasil-Portugal foi transmitido simultaneamente para as cidades do Rio de Janeiro e de Brasília por videoconferência.

Backbone chegou a 310 Mbps

Ao longo do ano, praticamente toda a infra-estrutura da rede foi atualizada, ampliando a velocidade máxima de 155 Mbps para 310 Mbps. A região Norte foi a que menos sofreu alterações. Ali, apenas as conexões do Amazonas e do Pará tiveram ampliação de banda. Os outros estados da região permaneceram estáveis. O desenho do mapa também foi alterado. O ponto de presença da Paraíba (PoP-PB) perdeu a conexão direta com o ponto de presença de Pernambuco (PoP-PE) e ganhou enlaces com o Rio e Janeiro e São Paulo, ampliando sua capacidade de banda de 6 para 8 Mbps. Com a ampliação dos links em alguns PoPs, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Pará e Piauí trocaram suas portas de acesso. Pará e Piauí trocaram as portas Frame Relay de 2 Mbps por portas ATM de 34 Mbps. O PoP-RJ incorporou mais uma porta ATM de 155 Mbps, alcançando 310 Mbps de capacidade de tráfego, a maior largura de banda da rede.

O monitoramento do tráfego do backbone gera os dados que dão subsídio para qualquer alteração nos circuitos do RNP2, objetivando sempre a manutenção da qualidade dos serviços de rede de produção oferecidos para a comunidade de ensino e de pesquisa nacional. A topologia atual do backbone pode ser vista na página "mapa do backbone".

Também foram inaugurados ou atualizados enlaces entre o RNP2 e as redes comerciais. Em 2002, mereceram destaque a ampliação do serviço de peering (troca de tráfego) entre os backbones da RNP e da Embratel, que passou a 120 Mbps, e a implantação de um enlace de 34 Mbps entre o RNP2 e a rede IP da Intelig.

Parceria RNP-Harris

A empresa Harris do Brasil doou à RNP cinco pares de equipamentos para conexão IP via rádio, com capacidade de 34 Mbps. Eles estão sendo usados para atender uma parcela da meta de atualização de conexão de organizações usuárias do backbone RNP2, classificadas como instituições primárias. A parceria RNP-Harris foi anunciada oficialmente no dia 25 de julho de 2002, em cerimônia de inauguração do enlace da Universidade de Brasília (UnB).

Também foram beneficiados com os enlaces de rádio-comunicação ponto-a-ponto a Universidade Federal Rural de Pernambuco, o Museu Paraense Emílio Goeldi, o Ministério da Educação, a Universidade Federal Fluminense e o Ministério da Ciência e Tecnologia. Em setembro de 2002, os técnicos dos PoPs e instituições contemplados com os rádios MicroStar H 7GHz 1E3+2xE1 puderam participar de um treinamento oferecido pela RNP e pela Harris. O curso foi oferecido no Centro de Treinamento da Harris do Brasil em Barueri, São Paulo.

[RNP, 04.02.2003]