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Brasil em busca da nova rede

Jornal O Dia

Julio Preuss e Patricia Diniz

12.03.1999

Mas quando tudo isso chegará à realidade brasileira? Bem, se a crise não afastar os investimentos da iniciativa privada e do Governo, daqui a um ano. O primeiro passo foi dado em outubro de 1997, quando a Rede Nacional de Pesquisa lançou o edital "Projetos de Redes Metropolitanas de Alta Velocidade (REMAV)". A iniciativa da RNP e do ProTeM - Programa Temático Multiinstitucional em Ciência da Computação, que conta com o apoio do CNPq, criará uma infra-estrutura e serviços de rede de alta velocidade em diversas regiões do País, como, por exemplo, o Rio de Janeiro. O objetivo maior desse projeto é a implantação de um novo backbone de alto desempenho, o RNP2.

Porém, para que isso aconteça, é necessário muito esforço. Para o Brasil participar efetivamente do Projeto I2, é preciso atender às exigências estabelecidas para todas as instituições que desejam participar e se integrar ao projeto nos Estados Unidos. Então, devemos antes de tudo aperfeiçoar a tecnologia utilizada em nosso país.

Esse ajuste tecnológico está sendo feito através dos consórcios formados por instituições de ensino e pesquisa, como a UFRJ, Fiocruz, PUC/RJ e PUC/RS, criados a partir do edital de 97 e a formação das Redes de Alta Velocidade. "As REMAVs são o início da implantação de uma estrutura nacional que permitirá o desenvolvimento da tecnologia para a conexão com a Internet 2", ressalta José Luis, Coordenador-Geral da RNP.

O projeto RNP2 está sendo desenvolvido no Brasil da mesma forma que o Internet 2, nos Estados Unidos. As instituições acadêmicas conduzem as pesquisas e são as beneficiárias diretas do desenvolvimento das novas tecnologias.

Como próxima fase, está a interligação das redes de alta velocidade com o Projeto I2, através do backbone da RNP. Para isso, é necessário que os projetos estejam totalmente estruturados e em pleno funcionamento, para que se possa dar início à nova etapa. A previsão para o início dessa segunda fase é de no máximo dois anos, mas, segundo a RNP, isso depende dos investimentos recebidos pelo Governo.

fonte: http://www.odia.com.br