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Profissionais do mundo conectado


Jornal O Dia

Julio Preuss e Patricia Diniz

12.03.1999


Com a expansão da Internet e o advento da I2, aumentam as oportunidades de carreiras ligadas à Grande Rede. Segundo Newton Palhano, diretor executivo da Associação de Empresas Brasileiras de Software e Serviços de Informática (Assespro/RJ), os profissionais especializados estão com o futuro garantido. "A procura tem aumentado, especialmente na área de comércio eletrônico e segurança."

Mas não é tão fácil se enquadrar no perfil procurado pelas grandes empresas. "Elas procuram profissionais com certificação da Microsoft e Netscape, por exemplo. Tivemos até que alterar o formato do nosso banco de currículos (www.assespro-rj.org.br) para permitir que os profissionais informassem sua certificação", revela Palhano.

Ele conta, ainda, que a Assespro foi consultada recentemente por uma empresa americana de treinamento. "Estão procurando parceiros para oferecer treinamento no País, em função da deficiência que seus clientes observam ao procurar profissionais no nosso mercado".

Analista de segurança

Sem dúvida, a nova tendência das empresas ligadas à Internet atualmente é a proteção de seu conteúdo na Web, que se resume em uma simples palavra: segurança. E nada melhor do que ter como aliados profissionais que aprenderam na Rede a descobrir as falhas dos sites, como os hackers. Empresas como a Módulo e a União Digital, especializadas em segurança da informação, já incorporaram esses profissionais em seu quadro de funcionários.

Bruno Coelho, 26 anos, analista de segurança da Módulo, começou a acessar a Internet em 1993 e tinha como ferramenta predileta o Gopher, que oferecia pesquisa de informações. "Logo observei como era fácil obter dados de uma empresa ou até do governo de outros países. Cheguei até a acessar anúncios de companhias que vendiam mísseis e o seu custo", diz. Para aqueles que desejam seguir essa carreira, Bruno dá um conselho: fazer de seu próprio computador um laboratório.

Hacker profissional

Área de trabalho: empresas de segurança e consultoria.

Salário: R$ 500 (estagiário) até 7.000 (analista de segurança). Como consultor, renda superior a R$ 7.000.

Webmaster

Eles foram os primeiros profissionais a despontar na Internet. Os Webmasters gerenciam sites, desenvolvem sistemas de inteligência e busca e até dão uma mãozinha no design. Segundo Marcus von Brandenburg, webmaster do provedor de acesso Nutecnet RJ, a principal dificuldade em sua profissão é a constante evolução tecnológica. "Precisamos ficar estudando todo o tempo. Sempre estão lançando novos produtos e linguagens", diz.

Gustavo Kruel, 29 anos, gerente de Tecnologia de um escritório de advocacia, sugere que os interessados façam cursos específicos na área de redes. "O mercado está ainda muito vasto, principalmente em São Paulo. No Rio, ainda é pequeno, pois geralmente as empresas contratam alguém para criar as estruturas e mantêm apenas um funcionário para administrá-las".

Gerente do site

Área de trabalho: Provedores, Agências de Publicidade, empresas que trabalham com construção de sites e multimídia.

Salário: R$ 1.500 a R$ 5.500.

Jornalista digital

Com a invasão dos portais da Internet, há uma demanda muito grande por conteúdo especializado para esses veículos digitais. Assim, nascem os jornalistas digitais. E é com essa filosofia que o site de informações Blue Bus (www.bluebus.com.br) foi criado. Elisa Araújo, 31 anos, editora-adjunta e sócia do Blue Bus, aponta a velocidade das informações e a interatividade como diferencial da Rede.

Podemos acompanhar através de softwares se a matéria está sendo muito ou pouco lida", explica. Como dica para os futuros jornalistas digitais, Elisa indica a navegação diária e a análise dos principais serviços de informação, como New York Times (www.nytimes.com), Yahoo! (www.yahoo.com), USA Today (www.usatoday.com) e CNN (www.cnn.com).

Repórter

Área de trabalho: Jornais, Revistas TVs e Rádios na Web. Serviços de informações exclusivas para a Internet e sites empresariais.

Salário: A partir de R$ 2.000.

Webdesigner

O webdesigner é como um escultor de hipertextos que mescla a linguagem interativa da Internet com formas e cores. Michel Lent, diretor de negócios da produtora de conteúdo digital Bowne Internet Solutions, diz que o indispensável nessa profissão é compreender que fazer sites é uma tarefa multidisciplinar, isto é, envolve vários profissionais, como os de área técnica e de comunicação. Já a arquiteta Andréa Cals escolheu a propaganda na Web como mercado de trabalho. Profissional de criação da agência de publicidade DM9, Andréa dirige a arte dos anúncios interativos. "Estamos entrando em uma área nova e tentando abrir espaço com os clientes, dando credibilidade à Mídia Interativa", diz. Para ela, o webdesigner tem que estar à frente de todos e conhecer as tecnologias da Rede para criar baseando-se nelas. "Entender desde HTML até Javascript, e o que podemos fazer com elas", avisa.

Artista Virtual

Área de trabalho: Agências de publicidade; produtoras multimídia e departamentos de informática e comunicação de empresas que desenvolvem seu site.

Salário: R$ 800 até R$ 4 mil.

Analistas de redes e sistemas

Controlar roteadores, fazer a manutenção de servidores e desenvolver programas são atividades que constituem o cotidiano dos analistas de redes e sistemas. Assim também é o dia-a-dia de Leandro Sciamarella, 23 anos, analista de redes do provedor de acesso Nutecnet, do Rio de Janeiro. Leandro começou como autodidata vasculhando a Telnet (ferramenta de acesso remoto a outros sites), há cinco anos. "Infelizmente, os cursos universitários, hoje em dia, estão muito desatualizados e, por isso, conseguimos aprender mais na própria Internet, visitando sites e conversando com pessoas mais experientes", avalia ele, que largou o curso de Estatística e pretende se especializar em telecomunicações. Para ajudar os que estão iniciando, Leandro fez uma home page (www.globalnet.com.br/under) que contém dicas de como configurar um roteador. Já Sérgio Postarek, Analista de Sistemas e Webmaster da NV Consultoria, aconselha o futuro profissional a ler muito e buscar informações disponíveis na própria Rede. É fundamental conhecer HTML. "É como dirigir: você precisa saber onde ficam os pedais", diz.

Programador

Área de trabalho: provedores de acesso, departamento de informática de grandes empresas e consultoria.

Salário: R$ 600 (estagiário) e R$ 2.500 até R$ 4.000 (analista).

fonte: http://www.odia.com.br

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