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Atlantis 2 usará cabo óptico

O projeto da Embratel ligará o País à Europa, África e América do Sul, por cabo submarino. IBM e 3Com doam equipamentos para a Internet2 brasileira


Jornal da Tarde

Luís Carlos Mitter

19.05.1999


O Brasil está se equipando para a viabilizar a Internet2, que começa com investimentos da ordem de R$ 20 milhões por ano, segundo estimativa do José Luiz Ribeiro Filho, coordenador nacional da Rede Nacional de Pesquisas (RNP), "isso sem contabilizar a infra-estrutura e recursos humanos das universidades". Além disso, há os investimentos dos consorciados para a formação das Remavs (Redes Metropolitanas de Alta Velocidade) como, por exemplo, a Remav-Campinas que recebeu um aporte de R$ 531 mil do governo e mais R$ 473 mil dos consorciados, para um ano.

Mas é preciso um link potente que ligue o País ao resto do mundo. E, nisso, a Embratel não perde tempo. Para expandir a oferta de serviços de transmissão de dados, voz, imagens, a Embratel participa de um consórcio internacional formado por grandes empresas de telecomunicações, com investimentos de US$ 350 milhões para a construção de um cabo submarino, o Atlantis 2, com capacidade de transmissão a 40 Gbps e que poderá ser aproveitado para aplicações da Internet2. A Embratel entra com um investimento de US$ 100 milhões. O primeiro passo já foi dado. No começo do mês a empresa inaugurou o cabo que liga Fortaleza ao Rio de Janeiro, com a operação comercial prevista para outubro.

O Atlantis 2 terá cerca de 12 mil quilômetros de extensão, e seu cabo óptico interligará o Brasil à Europa, à África e à América do Sul, por meio de estações de cabos da Embratel em Fortaleza e de outras operadoras de Portugal, Espanha, Senegal, Cabo Verde e Argentina. A capacidade do cabo, distribuída por dois pares de fibra óptica de 20 Gbps, equivale a 480 mil canais de voz.

Quem também está engajada nessa corrida é a IBM. Segundo Rogério Nesi Cardoso, gerente de Estratégia de Marketing da IBM, a Big Blue doou equipamentos para o projeto Internet2 no Brasil no valor de US$ 150 milhões. A 3Com também está na parada e investiu US$ 1 milhão entre custo dos equipamentos que integrarão o backbone, intercâmbio tecnológico, convênios de desenvolvimento com a Universidade Federal do Rio de Janeiro e palestras organizadas pela RNP sobre tecnologias associadas á Internet2.

fonte: http://www.jt.com.br

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