| A nova redeAssim como a Internet que conhecemos hoje, uma nova rede surge no meio acadêmico e promete potencializar atividades como a telemedicina e o ensino à distancia. Hoje em dia Karla Tavares 09.04.2001 Fazer um consulta médica com um especialista de outro estado sem que o paciente ou o médico saiam de suas cidades tem tudo para se tornar uma rotina com a disseminação da Internet 2. Essa nova Rede é um consórcio entre mais de 200 universidades em todo o mundo, inclusive o Brasil, que trabalham em parceria com indústrias e governos para desenvolver tecnologias e serviços, acelerando a criação da Internet de amanhã. "Para acessar esses novos serviços, que estão sendo criados pelos pesquisadores destas universidades, é necessária uma grande velocidade na transmissão de dados", explica o coordenador do Comitê Gestor de Internet, Ivan Moura Campos. Em Belo Horizonte, as experiências estão sendo feitas com uma velocidade de 622 megabits por segundo (10 mil vezes mais rápida do que uma conexão tradicional) e estão sendo desenvolvidos projetos de telemedicina, educação à distância, geoprocessamento, bibliotecas virtuais multimídias, além do gerenciamento, operação e manutenção da rede. Para esse acesso em banda larga, no Brasil, a tecnologia mais utilizada é a fibra ótica, que permite a transmissão de dados em velocidades de até 1000 megabits por segundo (mbps). Com essa velocidade e os novos serviços que estão sendo criados pela comunidade acadêmica será possível, por exemplo, que centenas de pessoas, ou até milhares, que estejam espalhadas pelos vários estados do país como Bahia, Pará e Minas, assistam aulas dadas por um professor que esteja em São Paulo. "Eles assistirão as aulas em um telão que transmite as imagens em tempo real e haverá interação entre os professores e os alunos", explica Moura. O mesmo processo também seria utilizado pela medicina. "Um médico pode avaliar um doente à distância, através de imagens ao vivo. Ele poderá, por exemplo, avaliar tomografias feitas por esse paciente sem a necessidade de deslocamento de ambos", conta. Para o coordenador do Comitê Gestor da Internet, essa pode ser uma ferramenta muito eficiente no caso de pacientes que não podem sofrer remoções ou estão em locais de difícil acesso. Porém, esta nova realidade só está ao alcance de pesquisadores e acadêmicos. "Esse é um projeto monumental e não tem data determinada para chegar até a sociedade. Isso será um processo natural e gradual, como foi com a Internet que conhecemos hoje", explica Moura. Saiba mais... www.ucaid.org |