Começa o 12º WRNP Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da RNP
abriu oficialmente o evento, que teve prosseguimento com
apresentação de projetos de ponta na área de TICs
A Rede Nacional de Ensino e
Pesquisa deu início na manhã desta segunda-feira (30/5) ao
12º Workshop RNP (WRNP), evento que se estende até
amanhã no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, em
Campo Grande (MS). Realizado paralelamente ao Simpósio
Brasileiro de Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos
(SBRC), o WRNP reúne profissionais, pesquisadores e
estudantes da área de redes de computadores e de sistemas
distribuídos para o intercâmbio de informações.
Quem deu as boas-vindas ao
público foi o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da RNP,
Michael Stanton, que apresentou a programação dos dois dias
do evento. A grade de atividades contempla palestras,
painéis, sessões com representantes de ministérios e
apresentações de Grupos de Trabalho s (GTs), além de
demonstrações de seus projetos- pilotos.
A edição de 2011 do evento,
além de ser a primeira na região centro-oeste do Brasil,
traz algumas marcas importantes, destacadas por Stanton em
sua apresentação. “Neste ano, que completamos 20 anos
da Internet no Brasil, vamos inaugurar a 6ª geração da
rede Ipê”. O diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da
RNP se refere ao backbone que oferece a cerca de 500
instituições de ensino e pesquisa brasileiras serviços e
infraestrutura rede avançada.
Na sessão de abertura, o
público pode conhecer o trabalho dos GTs em sua primeira
fase. Veja abaixo os destaques dos GTs.
Mconf - Sistema de
Multiconferência para acesso interoperável web e
dispositivos móveis
Coordenado pela Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o grupo trabalha na
geração de um sistema completo de webconferência com
capacidade de interoperar de maneira transparente entre
computadores conectados à web e dispositivos móveis ligados
nas redes de telefonia. O coordenador do GT, Valter Roesler,
explicou que o sistema é semelhante ao Adobe Connect, com a
diferença de ser gratuito. O objetivo principal, conforme o
pesquisador, é proporcionar facilidade de uso. “Você
pode usar no aeroporto, no supermercado e com qualquer
sistema operacional, como Firefox e Chrome. Não é um sistema
de alta qualidade, mas alta facilidade de uso para usar de
qualquer jeito e em qualquer lugar”. O trabalho está
sendo realizado em cooperação com o a equipe do BBB
(BigBlueButton), um sistema opensource que já possui
uma série de funcionalidades aplicáveis ao projeto. O
sistema está disponível para testes em:http://mconf.inf.ufrgs.br.
LinkedDataBR – Exposição,
Compartilhamento e Conexão de Recursos de Dados Abertos
na Web
A professora do Departamento de
Ciência da Computação da UFRJ e coordenadora do GT, Maria
Luiza Campos, encarregou-se de apresentar ao público o
projeto deste grupo, que consiste em uma ferramenta para
integrar contextualizar informações heterogêneas geradas por
diversos órgãos governamentais, como Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (IPEA) e prefeituras municipais.
“Hoje já temos muitas informações disponíveis, com
dados abertos. A questão é saber o quanto esses dados são
úteis e como eles podem ser usados de forma conjunta”,
disse a coordenadora. A ideia é oferecer um ambiente de
simples utilização para que interessados em disponibilizar
recursos de dado possam associá-los a outros recursos
existentes. O sistema baseia-se na padronização da semântica
dos dados (ontologia), fazendo links entre conteúdos
relacionados. O protótipo, chamado PesquisaBR, já foi
implementado e testado utilizando bancos de dados
relacionados à área acadêmica brasileira. Saiba mais em
greco.ppgi.ufrj.br/gtlinkedbr.
Digital Preservation -
Preservação Digital com Armazenamento em
Nuvem
O GT Digital Preservation, que
pretende criar um sistema de armazenamento distribuído de
baixo custo e altamente confiável baseado no conceito de
redes Peer-to-Peer (P2P). Coordenado pelo professor da
Universidade Federal do Paraná (UFPR), Luis Carlos Erpen De
Bona, o grupo também tem como objetivo desenvolver
ferramentas que permitam que os provedores de conteúdo
participem de uma nuvem de armazenamento, preservando seus
dados de forma transparente. “Hoje uma quantidade
considerável de informação está sendo produzida em formato
digital e, curiosamente, o meio digital é mais vulnerável a
deterioração que os meios convencionais”, justifica o
professor. Em sua apresentação, De Bona apresentou exemplos
de quão pouco confiável são as mídias digitais no que se
refere a preservação de dados. “Um exemplo notável é o
Domesday Book de 1085, cujo original persiste até hoje, mas
uma cópia digital de 1986 foi perdida”, disse,
referindo-se ao documento, um espécie de senso demográfico,
produzido pelo conquistador da Inglaterra, Guilherme I.
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