“TI é uma das áreas chave para o governo”
Secretário de Política de Informática,
Virgilio Almeida, garante que a área é estratégica para gestão Dilma
Roussef
Representando o Ministério da Ciência e
Tecnologia (MCT), o secretário de Política da Informática
(Sepin), Virgilio Almeida, afirmou, na tarde desta terça-feira
(31/5) que a área de Tecnologia da Informação (TI) é uma área
estratégica para o governo. Através de uma videoconferência
conduzida pelo diretor geral da RNP, Nelson Simões, ele também
revelou à plateia presente no 12º Workshop RNP (WRNP) as
estratégias do ministério no âmbito da Política de Informática.
“Hoje, temos muitas indústrias no Brasil
que fazem a montagem de equipamentos e computadores. Um dos
objetivos estratégicos do governo é passar a incentivar
indústria de semicondutores e displays”.
Ele disse, ainda, que o MCT está se esforçando
para atrair núcleos de pesquisa e desenvolvimento para o Brasil,
estratégia que já tem dado frutos, como, por exemplo, a
instalação dos laboratórios da IBM e da GE no país.
“Temos um grande número de programas de
pós-graduação de qualidade, um regime político estável e uma
sociedade organizada, ou seja, somos atrativos politicamente. E
a existência da RNP tem sido um trunfo para atrair as empresas
globais, já que a organização conecta todas as principais
instituições de ensino e pesquisa do Brasil, o que mostra a
adequação da nossa infraestrutura do país para receber esses
laboratórios avançados”.
Com relação à Lei de Informática, explicou que
esta está voltada apenas ao setor de hardware e que é necessário
formular um projeto que englobe um plano estratégico para os
setores de software e serviços, capacitando as empresas
nacionais para atuarem no âmbito internacional.
“Há vários desafios na área de Ciência e
Tecnologia e a comunidade de redes pode contribuir,
significativamente, para a resolução destes. Por isso, nós
estamos abertos a sugestões”, finalizou o secretário.
Visão futura da RNP
Na sequência, Nelson Simões apresentou um breve
resumo das atividades da RNP em 2010. Ele destacou como um dos
grandes ganhos do ano a incorporação do Ministério da Cultura ao
Programa Interministerial de Implantação e Manutenção da RNP
(PIMM), o que gera novos usos da rede acadêmica.
Outro destaque do ano foi o acordo de
cooperação técnica com a Oi, que permitirá que a RNP interiorize
sua rede.
“A nova infraestrutura de redes é
fundamental para que possamos atingir todos os estados com
capacidade ampla. Iremos trabalhar, nos próximos anos, para que
a mesma qualidade de infraestrutura presente hoje nas capitais
esteja disponível no interior até 2015, uma meta
ambiciosa”, disse o diretor geral, que reafirmou a
importância das parcerias para conseguir ampliar o alcance da
rede acadêmica brasileira.
Por fim, Simões concluiu que o sucesso da
estratégia de interiorização do backbone dependerá do
desenvolvimento de uma visão conjunta, com a participação da
organização, dos Pontos de Presença (PoPs) da RNP, das instituições que compõem os
consórcios das Redes Comunitárias de Educação e Pesquisa
(Redecomep) e do governo.