| Equipe da Unicamp reúne 50 pessoasGazeta Mercantil Silvia Simas 21.12.1999 Uma aula à distância, com interatividade entre professores e alunos e uma videoconferência, marcou a operação, em caráter experimental, da Internet2 na região de Campinas. Na inauguração da Rede Metropolitana de Alta Velocidade de Campinas (ReMet-Campinas), no auditório do Centro de Computação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), quinta-feira, dia 16, houve lentidão na rede causada por problemas no servidor de vídeo o que acabou provocando sobreposição e deformação de imagens e deficiências de áudio. Oito auditórios estiveram interligados, com transmissão através de Internet e canais de TV a cabo: em Campinas, no Centro de Computação da Unicamp e na Prefeitura Municipal; em São Paulo, Fundo de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Palácio do Governo, Escola Politécnica da USP, Instituto do Coração (Incor), PUC-São Paulo, Escola Paulista de Medicina (Nuifesp). Nos últimos meses, o projeto de implantação do sistema passou por uma fase de ajustes da rede, que alcançará maior velocidade até março. Clésio Luís Tozzi, coordenador geral de informática da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenador do projeto em Campinas - um engenheiro eletricista com PhD em Computação Gráfica e Visão Computacional - informou que todas as fibras e conexões já foram instaladas, os equipamentos programados e realizados testes com as primeiras aplicações. O projeto Internet2, como define Tozzi, "significa a possibilidade de utilizar aplicações multimídia com qualidade". Enquanto no cinema são exibidos 24 fotogramas (ou quadros) por segundo, este número cai para 30 na televisão. Atualmente, na Internet, em rede congestionada se tem um a dois fotogramas por segundo e com baixa resolução. A idéia, segundo Tozzi, é se ter, com a Internet2, a mesma taxa da televisão e com maior resolução. Para atingir esse resultado são necessários, de acordo com o professor, protocolos apropriados para garantir a transmissão de qualidade. A capacidade total de velocidade da Internet2 é de 155 megabits por segundo (Mbps). Isso permite a operação de baixar um arquivo, que hoje demanda horas, seja feita em poucos segundos. Em Campinas, integram o consórcio da Internet2, liderado pela Unicamp, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a prefeitura e a NET Campinas, responsável pela infra-estrutura e rede instalada. A emissora implantará um servidor de vídeo que será usado no perímetro de atuação do consórcio. Segundo Tozzi, o número de pesquisadores e técnicos envolvidos no projeto em Campinas é de cerca de 50. Este ano, o consórcio de Campinas investiu aproximadamente R$ 1 milhão. Dentre as principais utilidades proporcionadas pela Internet2, Tozzi menciona o ensino à distância, a telemedicina (acompanhamento de cirurgias, diagnóstico remoto), biblioteca digital, entretenimento, (com vídeo e áudio), apoio às atividades agrícolas (diagnóstico remoto de plantas). Há ainda a possibilidade da base de dados do Visible Human. O núcleo de Informática Biomédica tem essa base há cerca de 2 anos. Agora, com a Internet2, será possível utilizar essa base remotamente. O diferencial da Internet2 é que ela é uma grande rede em desenvolvimento, com pesquisas ainda em andamento. "Ela não foi imaginada para atender à demanda generalizada, portanto não é uma rede de produção", diz Tozzi. Para integração na Internet2 é necessário que se faça uma atualização nos equipamentos existentes. É preciso possuir máquinas mais potentes, roteadores, switches (comutadores) com velocidade maior e também os protocolos adequados à aplicação em Internet2. fonte: http://www.gazetamercantil.com.br/ | Notícias relacionadas: Democratização do conhecimento O Projeto da Internet2 brasileira prevê a interligação entre 14 cidades, para teleducação e telemedicina, revolucionando a rede pública [Gazeta Mercantil, 21.12.1999] Usuário comum será beneficiado [Gazeta Mercantil, 21.12.1999] Voltada para educação à distância, rede contribui para democratizar conhecimento [Gazeta Mercantil, 21.12.1999] Cirurgia através do Computador [Gazeta Mercantil, 21.12.1999] |