Notícias

Blogs »
Grandes eventos podem aumentar risco de ataque cibernético no Brasil

“Com os grandes eventos que vão acontecer no país nos próximos anos, o risco de um ataque cibernético é maior”. A afirmação é do perito criminal da Polícia Federal, lotado no Serviço de Repressão a Crimes Cibernéticos, Ivo Peixinho. O palestrante ainda listou outros desafios para a investigação policial de cibercrimes, como a dificuldade de encontrar vestígios, a necessidade de capacitação continuada dos agentes policiais, a falta de legislação específica para o tema e a evolução constante das técnicas usadas pelos criminosos.

De acordo com o perito criminal, o Serviço de Repressão a Crimes Cibernéticos (SRCC) foi criado em 2003, para coordenar ações de combate às fraudes eletrônicas, de internet banking, clonagem de cartões e combate aos crimes de alta tecnologia, além do apoio ao combate à pornografia infantil e aos demais crimes praticados pela internet. A primeira iniciativa do SRCC foi o projeto Tentáculos, aprimorado posteriormente para uma base de dados única, a fim de facilitar a análise de um conjunto semelhante de infrações. Além disso, foram criados Grupos de Repressão a Crimes Cibernéticos (GRCC) em 15 estados brasileiros.

Segundo o palestrante, o espaço cibernético é um espaço público, assim como as ruas, e que precisa de atuação policial. “Temos que chegar a um acordo para ter uma Internet livre e, ao mesmo tempo, segura o suficiente”, afirmou. 

Ivo Peixinho ainda informou que, nos últimos anos, tem crescido a incidência de crimes de alta tecnologia, que são os riscos de ataques a serviços judiciais eletrônicos, ao sistema de votação, ao envio de declarações de imposto de renda pela internet, serviços de telefonia e energia elétrica, sistemas e bases de dados corporativos, entre outros.  “Esses crimes são mais complexos e demandam maior esforço. Começamos a ver incontáveis prejuízos econômicos e morais ao país”.

Diante disso, surgiu o Programa Nacional de Segurança Cibernética, em parceria com o Exército, responsável pela defesa do país no espaço cibernético. “Futuramente, as guerras entre os países não serão mais por terra, mar e ar, e sim eletrônicas”, previu.

Para a defesa do espaço cibernético, Ivo Peixinho ainda destacou a importância da ação conjunta das empresas públicas e das entidades que fazem a triagem dos incidentes de segurança. “A nossa visão é a de que a Polícia precisa se aproximar dessas entidades para conseguir criar um canal de escoamento do que é ou não um cibercrime”, complementou Ivo, que usou como exemplo os ataques a infraestruturas críticas, a divulgação de dados sigilosos, a negação de serviço (DDos) no setor público.


  • Comentários
URL de trackback:

Apoio Parceria Patrocínio
© 2013 Copyright DISI 2013 - Todos os direitos reservados - Proibida a cópia sem a autorização prévia do autor  |  Conheça nossa Política de Privacidade