Aconteceu no dia 30 de agosto, a oitava edição do DISI, este ano realizado em Brasília juntamente com o Fórum RNP. As palestras conduzidas com base no tema “Cibercrime: como não passar de vítima a vilão” foram prestigiadas pelos participantes presentes e remotos no Brasil e América Latina. A abertura do evento foi conduzida pela Gerente de Segurança do CAIS Liliana Solha e teve como convidado internacional, Brian Dito da OEA.
Para mostrar a importância da temática, Ronaldo Vasconcellos apresentou o panorama do Crime cibernético no Brasil e América Latina, destacando os países que mais contribuem para o combate ao cibercrime na região. Além de mostrar uma tendência do cibercrime brasileiro em importar técnicas de ataques de fora do país.
Dando continuidade ao ciclo de palestras, Andre Landim do CAIS mostrou como se proteger dos casos mais comuns de Cibercrime, sobre a importância de se criar senhas fortes, de desconfiar de sites que você utiliza com frequencia e pedem informações diferentes das solicitadas habitualmente. Falou também que os cibergolpistas estão mais sofisticados e não cometem mais tantos erros nos email de phishing.
Para finalizar as palestras da manhã, Lincoln Werneck do Instituto Coaliza apresentou os desafios para o combate ao cibercrime. Mostrou as dificuldades na aplicação da Lei nº 12.737/12 ("Lei Carolina Dieckmann"). Falou também que o Brasil está em primeiro lugar na lista dos países que mais enviam spam na América Latina. Defendeu a necessidade de mais agentes da Polícia Federal especializados em crime cibernético e que a legislação contra cibercrime no Brasil ainda é confusa e as punições são baixas.
Retornando do almoço, Ivo Peixinho, da Polícia Federal apresentou a palestra Ameaças Cibernéticas, espionagem e outros assuntos emergentes: o papel da Polícia Federal na promoção da Segurança Cibernética do Brasil. Explanou sobre os desafios em se treinar agentes especializados em cibercrime. Falou que o desenvolvimento de Tecnologia de Investigação é uma das missões da equipe de Sistemas da Informação da Polícia Federal. Defendeu a necessidade urgente da criação de delegacias especializadas em crimes através da Internet. Informou que a Polícia Federal tem ferramentas para analisar as redes sociais a procura de atitudes suspeitas.
Continuando o evento, Willian Caprino da ABECS (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) explanou sobre Segurança de cartões: modalidades de fraude e boas práticas para o portador. Mostrou as técnicas de fraudes em cartões: venda de dados, chupa-cabra entre outras. Informou que no Brasil a clonagem de cartão de crédito migrou para a web, através de ataques de phishing. Disse que os fraudadores brasileiros possuem técnicas mais avançadas e alertou que nenhuma promoção pede o número inteiro do cartão.
Finalizando o ciclo de palestras, Fábio Assolini da Kaspersky Lab apresentou Cibercrime 2.0: Quanto Você Vale?
Apresentou os valores dos dados fraudados no submundo do crime cibernético, desde contas em redes sociais, imagens de passaporte, imagens de cartões de crédito até acesso a uma conta empresarial.
Para encerrar, a Gerente de Segurança do CAIS Liliana Solha agradeceu os palestrantes, o público e todo pessoal envolvido na organização do evento.